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Especialistas apontam que o segredo de relacionamentos duradouros está na amizade, e não na paixão | Freepik
Especialistas revelam que o amor companheiro, baseado na amizade profunda entre os parceiros, é o verdadeiro segredo para relacionamentos duradouros e felizes. Esse tipo de amor é especialmente importante para casais com filhos.
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Arthur C. Brooks, professor da Harvard Business School, defende que relacionamentos bem-sucedidos se sustentam mais na amizade do que na paixão intensa. Segundo ele, “o amor baseado na melhor amizade deve ser o objetivo, especialmente para pais”.
Durante participação no podcast The Subtle Art of Not Giving a F*ck, Brooks explicou que a paixão costuma marcar o início do relacionamento, quando ocorre uma forte conexão neuroquímica entre o casal. No entanto, esse sentimento tende a ser instável e passageiro.
Diferente do amor apaixonado, o amor companheiro se baseia em estabilidade, apoio mútuo e parceria de vida. Para Brooks, esse tipo de amor “deixa as emoções intensas para trás e coloca o casal em um caminho equilibrado, rumo a um vínculo duradouro com seu melhor amigo”.
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Esse modelo de relacionamento tem vantagens reais. Dados citados por Brooks indicam que casais que se veem como melhores amigos são menos propensos ao divórcio e mais propensos a ter uma vida saudável, feliz e satisfatória.
Conforme os anos passam, o vínculo de amizade torna-se ainda mais essencial. Brooks destaca que “à medida que os cônjuges envelhecem, o amor companheiro é um forte preditor de um envelhecimento com qualidade”. Ele reforça que “nenhum casamento que se preze deve ignorar esse objetivo”.
Em situações como o chamado “divórcio cinza”, quando casais se separam após os filhos saírem de casa, a falta de conexão entre os cônjuges costuma estar relacionada à ausência de amizade no relacionamento.
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Durante a criação dos filhos, muitos casais deixam de lado o relacionamento a dois. Segundo Brooks, isso faz com que “os cônjuges sintam que não se conhecem mais”. Ele recomenda que casais separem pelo menos 30 minutos por dia para conversas significativas, trocando ideias sobre o dia, preocupações e interesses.
“Nunca pare de conhecer seu cônjuge em espírito de amizade, e você será muito mais feliz enquanto cria seus filhos e quando eles saírem de casa”, afirmou.
Aly Bullock, chefe de relacionamentos do app Paired, reforça que ser o melhor amigo do parceiro cria respeito mútuo pelo tempo, espaço e estilo de parentalidade do outro — algo que pode faltar em relacionamentos sustentados apenas pela paixão.
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“Com a paternidade vem uma redefinição de identidade, e um melhor amigo é alguém que caminha ao seu lado nessa transição e ajuda a tirar o melhor dela”, disse Bullock. Em contrapartida, “um amante apaixonado pode dizer: ‘as coisas estão mudando, é hora de seguir em frente’”.
Para Bullock, o ideal é que a relação una os dois tipos de amor: paixão e companheirismo. Porém, ela destaca que o alicerce de amizade é fundamental para uma transição saudável para a parentalidade e para os anos que se seguem.
“Quando você tem essa base de melhor amizade... sabe que tem uma rocha firme, e esse tipo de amor é o que pode suportar qualquer coisa”, afirmou.
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Manter o relacionamento saudável exige intenção e constância. Práticas simples como ouvir com atenção, rir juntos e estar presente emocionalmente podem fortalecer o elo da amizade dentro do casamento.
Investir na amizade dentro da relação não significa abrir mão do romance, mas sim garantir uma base sólida que permite que o amor continue crescendo, mesmo diante dos desafios da vida familiar.
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