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Conhecidos há 30 anos, casais transformam o sonho da velhice compartilhada em comunidade | Freepik
Planejar a aposentadoria costuma envolver finanças, saúde e moradia. Mas um grupo de amigos decidiu começar por outro ponto essencial e muitas vezes esquecido: com quem vale a pena envelhecer ao lado.
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No interior dos Estados Unidos, quatro casais criaram um espaço onde amizade, autonomia e convivência se cruzam. O projeto propõe um jeito diferente de encarar o tempo, a casa e a velhice.
A escolha não passou por condomínios tradicionais nem por casas isoladas. Ela nasceu da convivência de décadas e da vontade de não deixar que o envelhecimento significasse distância ou solidão.
Conhecidos há cerca de 30 anos, os quatro casais perceberam que, ao longo do tempo, a amizade continuava sendo um ponto de apoio tão importante quanto família ou carreira. A pergunta era simples e poderosa: por que não envelhecer juntos?
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A resposta veio em forma de planejamento. Em vez de esperar que a aposentadoria definisse o ritmo da vida, o grupo decidiu antecipar escolhas e desenhar um futuro compartilhado, sem abrir mão da independência individual.
Assim surgiu a ideia de construir um pequeno conjunto de casas, pensado desde o início para a convivência madura. Um espaço onde estar junto fosse uma opção cotidiana, não uma obrigação imposta pelas circunstâncias.
O terreno escolhido fica às margens do rio Llano, no Texas, a cerca de 1h30 de Austin. Ali, longe do ritmo urbano, o grupo colocou em prática o que chamou de Llano Exit Strategy, uma saída simbólica da vida acelerada.
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O local funciona como retiro particular, mas também pode ser alugado por completo. Ainda assim, o coração do projeto não é comercial. Ele está na ideia de reduzir excessos e reorganizar prioridades.
A aposta foi clara: menos espaço individual, mais áreas de encontro. Menos isolamento, mais presença. Um desenho que reflete mudanças profundas na forma de morar e se relacionar.
As minicasas têm cerca de 32 m² cada e foram projetadas pelo arquiteto Matt García, especializado em construções ambientais. O desafio era criar conforto sem exageros e funcionalidade sem perder acolhimento.
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Inspiradas em celeiros rurais do Texas, as estruturas usam metal ondulado e telhados em formato de borboleta, que captam água da chuva. A solução alia estética, memória e sustentabilidade.
O isolamento térmico garante proteção contra o calor intenso e o frio, enquanto o interior em madeira traz equilíbrio visual.
Cada casa acomoda até três pessoas, mas o projeto prevê momentos de encontro mais amplos. Para isso, o grupo criou uma casa comunitária central, chamada The Commons, onde refeições e celebrações acontecem.
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O espaço inclui cozinha ampla, sala de estar e estrutura para receber convidados. Há ainda um dormitório coletivo para visitas, reforçando a lógica de compartilhar sem perder limites pessoais.
Segundo os proprietários, o maior cuidado foi equilibrar presença e silêncio. “Queríamos um lugar onde pudéssemos estar juntos, mas também ter privacidade. Era o nosso sonho”.
Mais do que uma vila, o projeto chama atenção por antecipar debates sobre envelhecimento. Em um mundo cada vez mais individualizado, a experiência mostra que planejar o futuro também pode ser um gesto coletivo.
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A escolha desses amigos sugere que envelhecer bem não depende apenas de onde se mora, mas de quem caminha ao lado. Um lembrete de que o tempo passa melhor quando é compartilhado.
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