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Adeus, solidão: Amigos criam vila para envelhecer juntos e reinventam aposentadoria

Quatro casais no Texas criaram minicasas e uma área comum para manter amizade, autonomia e rotina compartilhada na aposentadoria

Gabriela Barbosa

15/12/2025 às 07:35

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Conhecidos há 30 anos, casais transformam o sonho da velhice compartilhada em comunidade

Conhecidos há 30 anos, casais transformam o sonho da velhice compartilhada em comunidade | Freepik

Planejar a aposentadoria costuma envolver finanças, saúde e moradia. Mas um grupo de amigos decidiu começar por outro ponto essencial e muitas vezes esquecido: com quem vale a pena envelhecer ao lado.

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Quatro casais, amigos há cerca de 30 anos, decidiram planejar a aposentadoria começando por um ponto essencial: com quem vale a pena envelhecer ao lado
Quatro casais, amigos há cerca de 30 anos, decidiram planejar a aposentadoria começando por um ponto essencial: com quem vale a pena envelhecer ao lado
No Texas, às margens do rio Llano, eles construíram um conjunto de minicasas para viver com autonomia, mas sem cair no isolamento
No Texas, às margens do rio Llano, eles construíram um conjunto de minicasas para viver com autonomia, mas sem cair no isolamento
O projeto aposta em menos espaço individual e mais áreas de encontro, incluindo uma casa comunitária central para refeições, celebrações e visitas
O projeto aposta em menos espaço individual e mais áreas de encontro, incluindo uma casa comunitária central para refeições, celebrações e visitas
Com arquitetura sustentável e foco em equilíbrio entre convivência e privacidade, a iniciativa mostra que envelhecer bem também pode ser uma escolha coletiva (Fotos: Freepik)
Com arquitetura sustentável e foco em equilíbrio entre convivência e privacidade, a iniciativa mostra que envelhecer bem também pode ser uma escolha coletiva (Fotos: Freepik)

No interior dos Estados Unidos, quatro casais criaram um espaço onde amizade, autonomia e convivência se cruzam. O projeto propõe um jeito diferente de encarar o tempo, a casa e a velhice.

A escolha não passou por condomínios tradicionais nem por casas isoladas. Ela nasceu da convivência de décadas e da vontade de não deixar que o envelhecimento significasse distância ou solidão.

Envelhecer também é uma decisão coletiva

Conhecidos há cerca de 30 anos, os quatro casais perceberam que, ao longo do tempo, a amizade continuava sendo um ponto de apoio tão importante quanto família ou carreira. A pergunta era simples e poderosa: por que não envelhecer juntos?

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A resposta veio em forma de planejamento. Em vez de esperar que a aposentadoria definisse o ritmo da vida, o grupo decidiu antecipar escolhas e desenhar um futuro compartilhado, sem abrir mão da independência individual.

Assim surgiu a ideia de construir um pequeno conjunto de casas, pensado desde o início para a convivência madura. Um espaço onde estar junto fosse uma opção cotidiana, não uma obrigação imposta pelas circunstâncias.

Quando morar vira estratégia de desaceleração

O terreno escolhido fica às margens do rio Llano, no Texas, a cerca de 1h30 de Austin. Ali, longe do ritmo urbano, o grupo colocou em prática o que chamou de Llano Exit Strategy, uma saída simbólica da vida acelerada.

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O local funciona como retiro particular, mas também pode ser alugado por completo. Ainda assim, o coração do projeto não é comercial. Ele está na ideia de reduzir excessos e reorganizar prioridades.

A aposta foi clara: menos espaço individual, mais áreas de encontro. Menos isolamento, mais presença. Um desenho que reflete mudanças profundas na forma de morar e se relacionar.

Arquitetura que acompanha o tempo da vida

As minicasas têm cerca de 32 m² cada e foram projetadas pelo arquiteto Matt García, especializado em construções ambientais. O desafio era criar conforto sem exageros e funcionalidade sem perder acolhimento.

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Inspiradas em celeiros rurais do Texas, as estruturas usam metal ondulado e telhados em formato de borboleta, que captam água da chuva. A solução alia estética, memória e sustentabilidade.

O isolamento térmico garante proteção contra o calor intenso e o frio, enquanto o interior em madeira traz equilíbrio visual. 

Conviver sem abrir mão da privacidade

Cada casa acomoda até três pessoas, mas o projeto prevê momentos de encontro mais amplos. Para isso, o grupo criou uma casa comunitária central, chamada The Commons, onde refeições e celebrações acontecem.

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O espaço inclui cozinha ampla, sala de estar e estrutura para receber convidados. Há ainda um dormitório coletivo para visitas, reforçando a lógica de compartilhar sem perder limites pessoais.

Segundo os proprietários, o maior cuidado foi equilibrar presença e silêncio. “Queríamos um lugar onde pudéssemos estar juntos, mas também ter privacidade. Era o nosso sonho”.

Um futuro que começa antes da velhice

Mais do que uma vila, o projeto chama atenção por antecipar debates sobre envelhecimento. Em um mundo cada vez mais individualizado, a experiência mostra que planejar o futuro também pode ser um gesto coletivo.

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A escolha desses amigos sugere que envelhecer bem não depende apenas de onde se mora, mas de quem caminha ao lado. Um lembrete de que o tempo passa melhor quando é compartilhado.

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