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África está se partindo ao meio e um novo oceano começa a surgir

A paisagem resultante será similar ao Atlântico primitivo, que se formou há dezenas de milhões de anos

Raphael Miras

16/10/2025 às 09:32  atualizado em 16/10/2025 às 09:40

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O processo ainda está ativo e continuará por eras geológicas, remodelando o mapa africano.

O processo ainda está ativo e continuará por eras geológicas, remodelando o mapa africano. | Ilustração com IA

O continente africano está se partindo ao meio, e cientistas confirmam que um novo oceano começa a nascer sob a Etiópia. A fenda, registrada na região de Afar, simboliza um processo geológico contínuo e extremamente profundo que pode dar origem a uma nova bacia oceânica.

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Um estudo publicado em 2025 na revista Nature Geoscience revelou a causa: pulsações rítmicas de rocha derretida estão subindo do interior da Terra, rasgando o continente. Portanto, este fenômeno, investigado por universidades britânicas, aponta para um futuro geológico inédito em nosso planeta.

A principal autora, Emma Watts, da Universidade de Swansea, explicou que o manto sob Afar age como um "coração geológico pulsante", emitindo ondas de calor e material fundido. Assim, essas pulsações enfraquecem a crosta e aceleram a separação das placas tectônicas.

Afar: a região mais instável

A região de Afar é considerada uma das áreas mais geologicamente instáveis do mundo, visto que nela se encontram três grandes falhas tectônicas. Elas são o rifte do Mar Vermelho, o rifte do Golfo de Áden e o Grande Rifte Etíope. Dessa forma, esse ponto triplo é ideal para o rompimento continental.

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Durante as coletas realizadas entre 2022 e 2024, os cientistas analisaram mais de 130 amostras de rochas vulcânicas. Eles descobriram padrões químicos que se repetem, agindo como "códigos de barras geológicos" que revelam que o manto pulsa de maneira constante e organizada, como um "batimento cardíaco".

O futuro inevitável da África

O movimento contínuo do manto aquece e desgasta a crosta terrestre, provocando vulcanismo intenso e terremotos frequentes. Embora o processo seja lento, ocorrendo em milhões de anos, o resultado é inevitável, e o Chifre da África se separará do restante do continente.

Por conseguinte, a água do mar preencherá a fenda aberta, criando um novo oceano. A paisagem resultante será similar ao Atlântico primitivo, que se formou há dezenas de milhões de anos. O processo ainda está ativo e continuará por eras geológicas, remodelando o mapa africano.

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