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Ajudar o garçom parece gentil, mas psicólogos enxergam algo muito mais profundo

Psicólogos explicam o que um gesto simples no restaurante pode revelar sobre traços ocultos de personalidade

Joseph Silva

09/08/2025 às 09:35  atualizado em 09/08/2025 às 09:51

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De empatia a desejo de agradar: entenda o que está por trás de ajudar o garçom a recolher a mesa

De empatia a desejo de agradar: entenda o que está por trás de ajudar o garçom a recolher a mesa | Imagem gerada por IA

Quando alguém ajuda o garçom a recolher a mesa, parece apenas um gesto educado. Mas, segundo especialistas, essa ação pode revelar traços de personalidade e até habilidades valorizadas no mercado de trabalho.

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Mais do que educação, a atitude pode demonstrar empatia, espírito de equipe e até necessidade de aprovação social, segundo o psicólogo Francisco Tabernero.

Na próxima vez que você estiver em um restaurante, repare: antes mesmo de o garçom chegar, alguém pode começar a empilhar pratos ou aproximá-los para facilitar o serviço. De acordo com o psicólogo Francisco Tabernero, “esse gesto simples de ajudar o garçom significa várias coisas” e vai além da boa educação.

Mais do que um gesto de cortesia

Para Tabernero, ajudar o garçom de forma espontânea revela dois traços principais: empatia e altruísmo. “Oferecer ajuda desinteressada ao garçom denota um traço de empatia”, explica. Esse comportamento se encaixa no que a psicologia chama de atitude pró-social, ações voluntárias que beneficiam outras pessoas sem esperar nada em troca.

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Segundo o especialista, essas atitudes indicam qualidades internas como humildade e responsabilidade social. Muitas vezes, esses traços não são perceptíveis à primeira vista, mas têm peso significativo em ambientes pessoais e profissionais.

Influência de hábitos e compreensão do esforço

Estudos mostram que hábitos familiares e exemplos dos pais podem influenciar esse tipo de comportamento. Mas também há indícios de que ele está ligado à compreensão ativa do esforço de outras pessoas, fortalecendo vínculos e respeito mútuo.

Quando o gesto esconde insegurança

Nem sempre, porém, o ato é puramente altruísta. Tabernero destaca que, em alguns casos, ele pode refletir um medo excessivo de avaliação negativa. “Às vezes, não é apenas um gesto altruísta, mas prevalece a necessidade de agradar e evitar ser mal avaliado. É a necessidade de ‘ser bem visto’”, afirma.

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Esse traço, chamado assertividade passiva, aparece em pessoas que tendem a ser excessivamente prestativas, mesmo sem necessidade, com conhecidos ou desconhecidos.

Espírito de equipe e mercado de trabalho

O psicólogo lembra que a disposição para colaborar, mesmo em tarefas pequenas, é parte das chamadas soft skills — habilidades interpessoais cada vez mais valorizadas. Um metaestudo na Journal of Applied Psychology analisou dados de mais de 9.800 trabalhadores e concluiu que comportamentos pró-sociais frequentes aumentam a produtividade e reduzem tensões internas.

Outro estudo da Harvard Business School revelou que equipes com mais membros dispostos a agir pelo bem do grupo tiveram 16% mais produtividade e 12% mais coesão interna. No recrutamento, perfis assim são altamente desejados.

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Nem sempre é sobre ajudar

Apesar dos benefícios, Tabernero ressalta que, às vezes, a motivação não é altruísmo, mas inquietude ou nervosismo. “A pessoa quer que tudo ao seu redor seja feito imediatamente, e não necessariamente ajudar o garçom a ser mais eficiente”, explica.

O que observar no dia a dia

Seja por empatia, por hábito ou por necessidade de agradar, esse pequeno gesto revela muito sobre como lidamos com o outro e como nos posicionamos socialmente. Observar essas atitudes em si mesmo e nos outros pode ser uma forma de entender melhor traços de personalidade e comportamento.

Em resumo, da próxima vez que empilhar pratos ou aproximá-los do garçom, lembre-se: o que parece apenas educação pode estar dizendo muito sobre você.

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