Viajar desperta o sonho de muitos, mas ter o documento em mãos nem sempre garante chegada tranquila. Em várias nações, fatores políticos, diplomáticos ou logísticos complicam a entrada de brasileiros.
Afeganistão: risco permanente
O Afeganistão representa bem as dificuldades. Mesmo quando o visto não é impossível de obter, o país convive com instabilidade constante. Conflitos armados e a presença de grupos extremistas tornam a viagem extremamente perigosa para qualquer turista, especialmente brasileiros. Autoridades internacionais desaconselham a visita, por razões claras de segurança.
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Butão: turismo caro e restrito
No Himalaia, o Butão mantém um regime de turismo seletivo. Para entrar, o visitante deve contratar pacotes oficiais com pagamento antecipado e custos elevados. O visto é rigoroso e exige planejamento com antecedência, o que afasta mochileiros e turistas independentes e favorece apenas quem pode investir alto.
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Somália e Eritreia: perigo e burocracia
Na África, destinos como Somália e Eritreia se destacam pelas dificuldades. A Somália convive com violência generalizada, sequestros e atuação de milícias considerada uma das regiões mais perigosas para estrangeiros. A Eritreia, por sua vez, impõe barreiras diplomáticas e consulares: o visto é difícil de obter, e a ausência de representação no Brasil torna praticamente inviável a viagem.
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Coreia do Norte: entrada apenas sob forte controle
A entrada na Coreia do Norte é permitida, mas apenas por meio de excursões oficiais. Os turistas brasileiros como todos os visitantes ficam sob vigilância rígida, sem liberdade de deslocamento. A rota, o tempo e até as fotos são monitorados de perto pela autoridade local, o que limita severamente a experiência de viagem.
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Paquistão: exigências e pouco acesso externo
No Paquistão, a dificuldade começa com a burocracia. O visto exige carta-convite e documentação extra. A representação consular é restrita com base apenas em Brasília o que complica o processo para quem vive em outras regiões do Brasil. Apesar de atrações naturais e culturais relevantes, a exigência elevada desencoraja o turista com passaporte brasileiro.
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Ilhas remotas do Pacífico: mais distância do que conflitos
Alguns destinos não têm conflitos, mas se tornam quase inacessíveis por outros motivos. Ilhas como Nauru e Kiribati, no Pacífico, sofrem com a escassez de voos, infraestrutura turística limitada e ausência de representação consular no Brasil. Mesmo com passaporte válido, poucos turistas se arriscam a burocracia, os custos e a logística acabam tornando a viagem pouco prática.
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Ter o passaporte válido é apenas o primeiro passo. As barreiras políticas, diplomáticas, de segurança e de infraestrutura mostram que, em muitos casos, o documento não garante acesso livre ao mundo. Mesmo que o Brasil possa alcançar mais de 160 destinos sem visto, como aponta o ranking de mobilidade global.
Os exemplos apresentados comprovam que há fronteiras fechadas ou difíceis de atravessar. Nessas situações, o sonho de viajar esbarra em limites que vão além do visto.