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Arqueólogos encontram igrejas de 1.600 anos com mural de Jesus no Egito

Igrejas de 1600 anos ajudam a entender a formação da identidade copta no Egito

Marcos Ferreira

18/09/2025 às 09:35

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Fragmentos das igrejas podem ajudar a compreender como surgiu o cristianismo no Egito

Fragmentos das igrejas podem ajudar a compreender como surgiu o cristianismo no Egito | Reprodução: YouTube

Igrejas de 1600 anos foram encontradas no Oásis de Kharga, no deserto ocidental do Egito, numa descoberta arqueológica que lança nova luz sobre o cristianismo primitivo na região. 

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Recentemente, arqueólogos revelaram que duas dessas estruturas antigas foram localizadas em uma imponente basílica de tijolos de barro, com salão central e duas naves laterais, e outra menor, de planta retangular, com sete colunas externas.

Essas igrejas não apenas atestam a presença de comunidades cristãs há mais de um milênio e meio, mas também mostram que havia uma vida religiosa complexa, visualmente expressa, mesmo em áreas remotas do deserto.

Além das igrejas propriamente ditas, foram encontradas edificações de apoio, residências, fornos, jarros para armazenamento e sepultamentos.

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Esses achados permitem reconstruir o cotidiano desses assentamentos, evidenciando como funcionava a vida comunitária, não só a atividade religiosa, mas também a social, econômica e doméstica em um momento de transição entre crenças pagãs e cristianismo.

Localização e ambiente das igrejas

As igrejas de 1600 anos foram achadas no Kharga Oásis, cerca de 560 km ao sudoeste do Cairo. Oásis como Kharga funcionavam como núcleos vitais no deserto, pois as fontes subterrâneas de água garantiam condições de sobrevivência para comunidades ao longo de séculos.

Essa localização permitiu que, mesmo em ambientes áridos, se mantivessem assentamentos humanos com funções variadas, religiosas, residenciais e comerciais.

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Esse isolamento relativo também favoreceu a preservação, pois muitos dos vestígios resistiram graças ao clima seco e à menor interferência moderna.

Além disso, o oásis já era conhecido por abrigar cemitérios antigos e templos, o que indica que esse foi um lugar de significado religioso continuado, antes, durante e depois da transição para o cristianismo copta.

Descrição arquitetônica das igrejas

Uma das igrejas é uma grande basílica feita de tijolos de barro, com salão central amplo e duas naves laterais que provavelmente acomodavam diferentes funções litúrgicas ou grupos de fiéis.

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A outra igreja, menor em escala, tem planta retangular e é rodeada por sete colunas externas, o que sugere uma organização espacial diferente e talvez uma função distinta ou uma comunidade menor.

As paredes da igreja menor também estão decoradas com inscrições coptas, demonstrando que não só as estruturas, mas também a ornamentação textual eram importantes para essas comunidades.

Os objetos encontrados no entorno, como residências, fornos e jarros de armazenamento, reforçam a ideia de que essas igrejas estavam integradas numa rede de atividades locais, algo como centros comunitários multifuncionais.

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O mural de Jesus e sua importância

Um elemento particularmente raro é o mural de Jesus curando um doente, encontrado nessa região e datado de aproximadamente 1.600 anos.

Esse tipo de representação visual é incomum para esse período e reflete práticas de devoção e iconografia já bem estabelecidas na comunidade cristã primitiva no Egito.

O mural funciona tanto como arte sacra quanto como testemunho da fé vivida: a figura de Cristo aparece não só em abstração teológica, mas em ato de cura, aspecto central na tradição copta.

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Embora ainda não tenham sido divulgadas imagens do mural por razões de conservação, sua existência é suficiente para gerar impacto entre arqueólogos, historiadores da arte e estudiosos da religião.

Implicações históricas e culturais

As descobertas das igrejas no Oásis de Kharga oferecem profundas implicações para historiadores, arqueólogos e teólogos interessados no cristianismo antigo.

Elas mostram que mesmo em regiões afastadas do centro do Egito, comunidades cristãs conseguiram se organizar, construir igrejas com certo grau de complexidade e expressar sua fé por meio da arte em um contexto muitas vezes marcado por crenças pagãs.

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Culturalmente, o achado reafirma o papel dos oásis como pontos de contato entre os mundos religioso, social e linguístico.

A transição do paganismo ao cristianismo, evidenciada pelas inscrições coptas e pelos símbolos religiosos, revela como práticas de fé se adaptaram e como símbolos antigos foram resignificados.

Em suma, essas igrejas não são meras ruínas, mas testemunhos vivos da história espiritual, artística e comunitária do Egito antigo.

A recente descoberta arqueológica pode ajudar a entender as origens do Cristianismo - Reprodução: YouTube
A recente descoberta arqueológica pode ajudar a entender as origens do Cristianismo - Reprodução: YouTube
Essas igrejas não apenas atestam a presença de comunidades cristãs há mais de um milênio e meio, mas também mostram que havia uma vida religiosa complexa no deserto (Fotos: Reprodução/Youtube)
Essas igrejas não apenas atestam a presença de comunidades cristãs há mais de um milênio e meio, mas também mostram que havia uma vida religiosa complexa no deserto (Fotos: Reprodução/Youtube)

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