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Sam Van Aken é formado em Teoria da Arte e Comunicação e possui mestrado em Belas Artes | Reprodução | Sam Van Aken
Denominada de “Frankenstein”, a árvore desenvolvida pelo artista Sam Van Aken surpreendeu ao produzir dezenas de pêssegos, ameixas, damascos, nectarinas, cerejas e amêndoas — todas colhidas na mesma época.
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Essa junção só é possível porque as frutas são geneticamente semelhantes e possuem o mesmo tipo de estrutura cromossômica. Todas pertencem ao gênero Prunus.
Durante a primavera, a árvore se assemelha a um quebra-cabeça: galhos com frutos diferentes e com diferentes cores. O que mais impressionou não foi a inovação, mas sim a quantidade de frutos.
Van Aken usou uma técnica chinesa de mais de três mil anos: enxertia. "A enxertia é milenar e usada no cotidiano para a produção de mudas", explicou o professor de e Produção Vegetal ESALQ/USP, João Alexio Scarpare Filho, ao portal g1.
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A enxertia consiste em conectar uma parte de uma planta a outra, sem precisar ser da mesma espécie. Uma planta é escolhida como receptora; ela tem a função de fornecer nutrientes e água para as plantas enxertadas. Mas não basta unir os galhos.
"Também não é qualquer espécie que aceita o enxerto. No caso da árvore de 40 frutos, o artista deve ter usado um pessegueiro como receptor, que aceita um número maior de combinações", afirmou Scarpare.
Borbulhia é a forma mais comum de fazer enxertia. Primeiro, um pedaço da casca de planta “matriz” é retirado e conectado a uma planta receptora — que também tem uma parte da casca removida.
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Depois, a casca da planta “matriz” é colocada na receptora e envolvida com um fitilho (fita plástica feita especialmente para enxertia).
A árvore “Frankstein” foi desenvolvida há quinze anos e levou cerca de oito anos para produzir frutos. A planta — junto de algumas réplicas — está localizada na Ilha da Liberdade, em Nova York, Estados Unidos.
“Ele (Van Aken) deve ter feito por uma realização pessoal ou curiosidade, porque fazer uma árvore com 40 frutos não é viável. É um processo lento", completou o professor da USP
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Van Aken contou ao “National Geographic”, em 2015, que a ideia surgiu por conta de um fascínio pelo processo de enxerto.
**Texto com informações do g1.
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