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O bem-te-vi é um dos mais famosos dentro dessa lista | Foto: Youtube/Reprodução
Não são apenas os papagaios que surpreendem pela capacidade de “falar”. No Brasil, diversas aves emitem vocalizações tão peculiares que parecem pronunciar o próprio nome. Esse fenômeno, ligado à onomatopeia, mistura biologia, cultura popular e a forma como os humanos interpretam os sons da natureza.
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Do famoso bem-te-vi ao enigmático saci, esses pássaros são exemplos de como o canto pode moldar nomes, lendas e tradições. Conheça nove espécies que transformaram seus sons em identidade.
O caso mais popular talvez seja o do bem-te-vi, cujo canto parece repetir claramente a frase que lhe deu fama. Presente em praticamente todo o território nacional, ele é tão adaptável que vive tanto em áreas rurais quanto em grandes centros urbanos.
Outro exemplo curioso é o saci, conhecido por emitir duas notas longas e persistentes. Seu canto misterioso, ouvido sobretudo à noite, ajudou a inspirar lendas populares ligadas ao folclore brasileiro.
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Já o chamado “amanhã-eu-vou”, também conhecido como bacurau, emite um som longo, grave e repetitivo, facilmente interpretado como a frase que virou seu nome. O canto noturno e penetrante reforça o clima de mistério que cerca essa ave.
Entre os nomes mais curiosos está o do peixe-frito. Seu canto lembra uma sequência rápida de sílabas que muitos interpretam como “peixe frito”. A vocalização acontece tanto de dia quanto à noite, tornando-o fácil de ser ouvido em seu habitat.
Outro destaque é o “quem-te-vestiu”, cujo som agudo e repetitivo é associado à pergunta que lhe garantiu o nome popular. Pequeno e discreto, é mais percebido pelo canto do que pela aparência.
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Já o divertido “tem-farinha-aí”, típico da caatinga, chama atenção não apenas pelo nome, mas também pelas diferenças entre macho e fêmea. O canto marcante transformou a ave em uma das mais lembradas do sertão brasileiro.
A saracura-três-potes se destaca pelo canto em dueto, que soa como uma sequência de frases ritmadas. Quando canta aos pares, seu som cria a impressão de um diálogo organizado, reforçando ainda mais a associação com palavras humanas.
Já a rolinha conhecida como “fogo-apagou” recebe o nome de um canto curto e repetitivo, interpretado popularmente como a expressão curiosa. Apesar do nome, não há relação direta com fogo, trata-se apenas da forma como o ouvido humano traduz o som.
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Por fim, o udu-de-coroa-azul emite um som grave, que lembra o próprio nome. Seu ritmo se torna mais acelerado quando está se comunicando com outros indivíduos da espécie, o que impressiona observadores.
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