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Fundada por Bia Pereira e Bob Costa, a propriedade converteu pastagens em olivais e hoje soma 17 hectares em São Paulo e mais de 100 hectares no Rio Grande do Sul. | Reprodução/YT/Vai Sabrina
O Brasil se tornou destaque por estar em 5º lugar na classificação mundial dos azeites extravirgens da Evoo World Ranking.
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Este resultado notável, conquistado em 2024, reflete os 328 prêmios que fazendas brasileiras receberam, marcando uma ascensão histórica no cenário global.
Algumas marcas lideraram este reconhecimento, quebrando barreiras em um mercado competitivo. Um dos principais destaques nacionais são estes:
A Gazeta vai te mostrar os dois destes principais azeites feitos pelas marcas brasileiras: o Prosperato e a Fazenda do Azeite. Confira cada um a seguir:
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O que faria um renomado chef norte-americano sair de North Palm Beach, na Flórida, para pousar na pequena Caçapava do Sul, município gaúcho de 30 mil habitantes?
A resposta é Prosperato, marca reconhecida em 2024 como a melhor produtora de azeite do hemisfério Sul pelo EVOO World Ranking.
Foi a qualidade do azeite brasileiro que trouxe Rasheed Shihada, proprietário da Olive Oil of the World, até o Rio Grande do Sul em 2019, após a Prosperato vencer no New York International Olive Oil Competition.
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Desde então, o chef se tornou cliente fiel da marca e até guarda na memória uma experiência curiosa: durante a visita, encantou-se não só com o olival, mas também com um rodízio à beira da estrada, que considerou “a melhor carne que já havia comido”.
Fundada por Eudes Marchetti e seu filho Rafael Marchetti, a Prosperato nasceu como um desdobramento da Tecnoplanta, empresa de mudas florestais criada em 1991.
A crise financeira de 2008 levou a família a diversificar os negócios e apostar no cultivo de oliveiras, algo ainda pouco explorado no Brasil.
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Hoje, a empresa conta com 200 hectares de olivais em quatro municípios (Caçapava do Sul, Barra do Ribeiro, São Sepé e Sentinela do Sul) e produz cerca de 35 mil litros de azeite por ano.
Em 2024, o faturamento chegou a R$ 8,6 milhões, um crescimento de 32% em relação ao ano anterior.
A marca já acumula cerca de 300 premiações internacionais, incluindo mais de 100 apenas no último ano.
Entre elas, destaca-se o prêmio de melhor azeite aromatizado do mundo para o rótulo condimentado com pimenta jalapeño, conquistado no Athena IOOC, realizado na Grécia.
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A Prosperato trabalha com cerca de 50 variedades em pesquisa, mas sua produção é liderada por clássicas como Arbequina, Koroneiki, Picual, Frantoio e Arbosana.
Além disso, a empresa tem apostado em práticas sustentáveis, como o uso de cobertura vegetal para minimizar herbicidas e pesquisas de integração de animais ao olival.
“Produzir azeite é como conduzir uma orquestra: ninguém pode errar para que o resultado seja perfeito”, resume Rafael Marchetti, destacando a combinação entre tecnologia de ponta e cuidado artesanal.
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Apesar de já exportar para clientes nos Estados Unidos, o produtor enfatiza que sua principal meta é conquistar o consumidor brasileiro:
“Enquanto muitos países usam os prêmios para buscar outros mercados, a gente queria mostrar para o Brasil que o nosso azeite é bom.”
Se no Rio Grande do Sul a Prosperato se consolidou como gigante do setor, em Santo Antônio do Pinhal (SP) a Fazenda do Azeite Sabiá une produção premiada e turismo de experiência.
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Fundada por Bia Pereira e Bob Costa, a propriedade converteu pastagens em olivais e hoje soma 17 hectares em São Paulo e mais de 100 hectares no Rio Grande do Sul.
No passeio, os visitantes percorrem um bosque com mais de 5 mil oliveiras, conhecem uma árvore de 300 anos trazida do Uruguai e observam o processo de produção no lagar, equipado com a extratora italiana Mori-TEM, referência mundial.
O tour termina com uma degustação de azeites harmonizados com pães, queijos e frutas — experiência que surpreende ao realçar sabores inusitados, como a doçura do morango.
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Embora o Brasil ainda produza apenas cerca de 400 mil litros de azeite por ano — menos de 1% da demanda nacional —, o avanço qualitativo é notável. Em 2024, o setor cresceu 23% em volume, com produção concentrada no Rio Grande do Sul e na Serra da Mantiqueira.
Mais do que prêmios internacionais, marcas como Prosperato e Sabiá ajudam a consolidar a imagem de que o país pode ser referência também em azeites premium. O resultado do EVOO World Ranking é um marco que abre espaço para novos investimentos, turismo e valorização da produção local.
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