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Imagem registra pasto congelado em dia com -2 graus em Marsilac | Reprodução/YT
Engenheiro Marsilac, no extremo sul de São Paulo, registrou uma das menores temperaturas da história da Capital, com geada intensa e paisagem congelada.
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Mesmo com fama de “Terra da Garoa”, o frio extremo surpreende em bairros mais afastados da cidade, onde a vegetação densa e o relevo favorecem temperaturas negativas.
Enquanto o paulistano lida com garoa e frio moderado no centro da cidade, uma região isolada do extremo sul já acordou sob gelo e prejuízos causados por uma geada histórica.
Em 30 de julho de 2021, o bairro de Engenheiro Marsilac, na zona sul de São Paulo, registrou inacreditáveis -3°C. Segundo o CGE, foi a menor temperatura da capital desde 2004.
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O frio intenso surpreendeu até quem está acostumado com o clima paulistano. A região, que é coberta por mata nativa, amanheceu coberta por gelo e com prejuízo para agricultores.
Marsilac tem características únicas que ajudam a derrubar a temperatura. A proximidade com a Serra do Mar, a vegetação densa e grandes represas favorecem o frio extremo.
O ar frio, ao chegar na cidade, encontra em Marsilac um terreno ideal para se instalar. Diferente do centro, onde o concreto aquece o ar, ali o calor se dissipa rapidamente.
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Localizado a cerca de 40 km do centro da capital, Marsilac parece outro mundo. Há mais árvores do que prédios e o cenário lembra uma zona rural, mesmo estando na cidade.
Essa distância física e ambiental faz com que o bairro registre temperaturas muito abaixo das médias tradicionais da capital paulista, especialmente nas madrugadas de inverno.
Além do relevo, o caminho das massas de ar frio intensifica o clima gelado. Quando o frio chega em São Paulo, Marsilac é um dos primeiros bairros a sentir os efeitos com força.
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A soma de todos esses fatores faz da região um “reduto polar” da cidade. E, em anos com frentes frias intensas, pode até ultrapassar cidades do interior em sensação térmica.
O nome do bairro vem de José Alfredo de Marsilac, engenheiro da antiga ferrovia Sorocabana. A linha atendia a região desde a década de 1930 e ajudou no desenvolvimento local.
Até 1975, trens de passageiros passavam por ali. Hoje, as antigas estações são lembranças de uma época em que a ferrovia ligava o centro da cidade à sua área mais rural.
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Ainda hoje, o bairro abriga pequenas propriedades agrícolas. Com a expansão da cidade, Marsilac seguiu rural, protegido por áreas da Mata Atlântica e com clima próprio.
Por integrar a Área de Proteção Ambiental Capivari-Monos, Marsilac conserva biodiversidade e clima únicos. Isso ajuda a manter o ambiente ideal para noites muito frias.
Na madrugada de -3°C, a geada cobriu o bairro. Folhas congeladas, pasto branco e umidade virada em cristais chamaram a atenção dos moradores e afetaram a agricultura local.
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Segundo o portal UOL, a geada causou prejuízos para pequenos produtores, acostumados com temperaturas mais amenas, mesmo no auge do inverno paulista.
Mesmo com o frio recorde, Marsilac ainda é pouco conhecido pelos próprios paulistanos. Mas sua importância para o clima e preservação da capital cresce a cada inverno.
Enquanto o centro vive sob a “garoa”, o extremo sul de São Paulo pode enfrentar verdadeiros invernos rigorosos, com paisagens congeladas que parecem de outro país.
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