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Novos dipositivos facilitam o monitoramento dos veículos e tem sido usados por casais | Freepik
Os chamados minirrastreadores, como a AirTag, da Apple, e modelos oferecidos por outras gigantes, como a Samsung, se tornaram muito populares.
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Com formato compacto, tecnologia embarcada e acabamento variável, esses aparelhos cabem na palma da mão e podem ser escondidos em diversos pontos do carro.
Por meio de um aplicativo no celular, é possível obter a localização em tempo real, via satélite.
Normalmente seu uso pode identificar onde o veículo ficou com o manobrista, localizar o automóvel em caso de furto ou acompanhar o deslocamento de filhos, funcionários e companheiros.
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Embora a proposta original seja rastrear objetos como bolsas, chaves e até animais de estimação, os minirrastreadores foram rapidamente adaptados para veículos.
Nas redes sociais, viralizam vídeos em que supostas traições e mentiras teriam sido descobertas graças a esses dispositivos.
O conteúdo alimenta a demanda, mas também simplifica uma questão complexa: rastrear é tecnicamente fácil; legal e eticamente, nem sempre.
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Antes de instalar um rastreador no carro de outra pessoa, é preciso considerar os direitos constitucionais.
“São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”, diz a Constituição Brasileira.
Na prática, isso significa que o proprietário ou usuário do veículo deve ser informado e concordar com o monitoramento.
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Marco Vieira, advogado e membro da Câmara Temática de Esforço Legal do Contran, afirma à UOL que, além da questão da privacidade, “não há impedimentos legais para o uso dos minirrastreadores”.
Ele observa que, quando o dispositivo está no carro, o que se monitora é o bem e não diretamente a pessoa. Ainda assim, a necessidade de transparência é clara.
Faltando consentimento, o caso pode evoluir para disputas civis por invasão de privacidade ou até desdobramentos penais dependendo das circunstâncias.
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Entre os benefícios em relação aos rastreadores tradicionais está o fato dos novos serem menores e mais fáceis de ocultar, o que pode aumentar a chance de não serem detectados por criminosos.
Por outro lado, essa mesma discrição eleva o risco de uso indevido. Portanto, a recomendação é adotar o rastreador com autorização do usuário do carro e documentar esse consentimento, alinhando segurança prática com respeito à privacidade e à lei.
Pesquisas recentes indicam que a traição conjugal pode ir muito além apenas do sexo, o que pode inutilizar o uso dos rastreadores neste sentido.
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