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Estudo sugere que o chocolate amargo ativa vias cerebrais ligadas ao foco e à memória | Jessica Loaiza | Unsplash
Um dos alimentos mais populares do mundo pode ter um efeito direto sobre a saúde cerebral. Um estudo conduzido pelo Shibaura Institute of Technology, no Japão, indica que o chocolate amargo, rico em flavonoides, pode melhorar a memória, o foco e o estado de alerta.
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Os resultados foram publicados na revista Current Research in Food Science e reacenderam o interesse científico sobre como compostos naturais influenciam a função cognitiva.
Os flavonoides presentes no cacau vêm sendo estudados há anos, mas o trabalho japonês aprofunda a forma como esses compostos interagem com o sistema nervoso.
Os pesquisadores observaram que ratos alimentados com flavonoides liberaram mais noradrenalina, substância associada ao estado de vigília. Em apenas uma hora, os animais tiveram desempenho 30% superior em testes de memória.
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Segundo o pesquisador Yasuyuki Fujii, o sabor amargo característico do chocolate de alta concentração de cacau pode ser um estímulo sensorial direto para o cérebro.
Ele afirma que os sinais provocados pelos flavonoides se assemelham às respostas induzidas por exercícios físicos, o que explicaria a melhora no desempenho cognitivo observada no laboratório.
Embora os resultados sejam promissores, médicos recomendam cautela. Johnson Moo, consultado pela Fox News, afirma que ainda não há evidências suficientes para indicar o chocolate amargo como intervenção segura e eficaz para melhorar a memória no dia a dia.
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A recomendação dos especialistas é manter o consumo moderado, evitando exageros que elevem a ingestão de açúcar e gordura.
Outros alimentos também contribuem para a saúde cerebral. Segundo o neurologista Gabriel Novaes de Rezende Batistella, peixes ricos em ômega-3, como salmão e atum, favorecem a comunicação entre neurotransmissores.
Nozes, beterraba e vegetais verdes, como espinafre e brócolis, completam a lista de aliados do cérebro, por fornecerem nutrientes que apoiam o fluxo sanguíneo e retardam o declínio cognitivo.
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Apesar das limitações do estudo, a pesquisa reforça o crescente interesse em entender como componentes naturais presentes na alimentação podem influenciar, ainda que de maneira sutil, processos cognitivos essenciais.
O tema segue em investigação, alimentando novas linhas de pesquisa sobre nutrição e saúde cerebral.
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