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Rica em qualidade de vida, a cidade do interior de SP mais barata para comprar casa já foi conhecida como 'California brasileira' | Divulgação/Governo de SP
Em parceria com o grupo OLX, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) divulga um levantamento todos os meses que mostra onde está mais em conta comprar um imóvel no Brasil.
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Entre as cidades paulistas avaliadas, uma vem chamando atenção há pelo menos três anos: Ribeirão Preto, no interior, aparece de forma recorrente entre os metros quadrados mais baratos do Estado.
O estudo, feito com base no índice FipeZap, considera 56 municípios brasileiros e leva em conta o preço médio do metro quadrado anunciado na plataforma, além de outros dados do mercado.
Mais do que uma curiosidade de mercado, o levantamento virou um tipo de guia para quem sonha com a casa própria e quer fugir dos preços elevados das grandes metrópoles, sem abrir mão de infraestrutura, serviços e oportunidades de emprego.
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Ao contrário do que muita gente imagina, os menores preços não estão necessariamente em municípios pequenos, afastados ou pouco estruturados.
O índice mostra que é possível encontrar valores mais em conta justamente em áreas desejadas, com boa oferta de serviços e vida urbana ativa.
Segundo a pesquisa, Ribeirão Preto aparece, há três anos consecutivos, entre as cidades com metro quadrado residencial mais barato do estado de São Paulo.
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No ranking geral paulista, perde apenas para São Vicente, que registra a menor média de preço por metro quadrado, mas se consolida como a opção mais em conta entre as grandes cidades do interior.
Conhecida há anos como a “Califórnia brasileira”, a cidade ganhou essa fama pela combinação de clima quente, economia forte e rotina urbana intensa, que mistura polos de serviços, universidades, cultura e vida noturna.
Agora, soma a esse pacote um fator que pesa bastante na decisão de compra: o preço do imóvel.
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Na análise feita pela Gazeta com base nos dados de novembro de 2024, o metro quadrado residencial em Ribeirão Preto custava, em média, R$ 4.895. Na prática, isso significa que um apartamento de 50 m² sairia por cerca de R$ 244.750.
Os números mostram um avanço moderado ao longo dos últimos anos. Em novembro de 2023, o valor médio do metro quadrado era de R$ 4.546, o que colocava o mesmo imóvel de 50 m² na casa dos R$ 227.300.
Em 2022, na mesma época, o metro quadrado estava em torno de R$ 4.369, e um apartamento desse tamanho custaria aproximadamente R$ 218.450.
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A variação indica um movimento de valorização, mas sem saltos abruptos. Para quem compra, essa combinação de preços ainda competitivos com uma trajetória de alta suave pode ser interessante: o imóvel continua relativamente acessível, ao mesmo tempo, em que preserva potencial de ganho no médio e longo prazo.
Um dos motivos que ajudam a explicar por que Ribeirão Preto se mantém em evidência nos levantamentos é o peso da sua economia. Segundo dados divulgados pela prefeitura em 2018, o município abriga mais de 100 mil empresas, distribuídas entre comércio, serviços e indústria.
Esse ambiente diversificado cria um mercado de trabalho robusto e relativamente menos dependente de um único setor. Ao mesmo tempo, atrai gente de outras regiões em busca de oportunidades, o que movimenta o mercado imobiliário — tanto na compra quanto na locação.
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Ribeirão também investe em inovação. A cidade reúne mais de 230 startups, muitas delas no Supera Parque Tecnológico, espaço dedicado a empresas voltadas para saúde, biotecnologia e tecnologia da informação.
O ecossistema coloca o município no mapa da inovação nacional e amplia a atração de profissionais qualificados.
Para quem pensa em se mudar, a rede de serviços pesa tanto quanto o valor do metro quadrado. Nesse ponto, Ribeirão Preto se destaca.
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A cidade conta com 25 hospitais, incluindo o Hospital das Clínicas, que realiza mais de 700 mil consultas por ano, atendendo não só moradores locais, mas também pacientes de diversas regiões.
Na educação, o município concentra 12 instituições de ensino superior presenciais e mais de 80 polos de ensino à distância.
A presença de um campus da Universidade de São Paulo (USP) reforça a vocação acadêmica e de pesquisa, e ajuda a criar um ambiente em que estudantes e profissionais convivem em torno de ciência, tecnologia e inovação.
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Essa combinação de saúde estruturada e ensino forte costuma pesar na hora de escolher um lugar para fincar raízes, especialmente para famílias com crianças, jovens em fase universitária ou profissionais da área da saúde.
Mesmo com expansão urbana constante, Ribeirão Preto tenta equilibrar crescimento e meio ambiente. O município soma mais de 400 mil m² de áreas verdes, distribuídas em parques públicos e reservas ambientais.
Um dos exemplos é a Mata de Santa Teresa, área que preserva espécies nativas e oferece opções de lazer ao ar livre.
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Para quem vem de grandes capitais acostumadas ao cinza predominante, a possibilidade de viver perto de áreas verdes, com mais espaços de caminhada, piqueniques e prática de atividades físicas, faz diferença na escolha.
Esses elementos ajudam a compor a sensação de qualidade de vida, que vai além de ter apenas um imóvel bem localizado.
Outro ponto que entra na conta é a facilidade de deslocamento. O Aeroporto Dr. Leite Lopes está entre os mais importantes do interior paulista, com voos para diversos destinos nacionais.
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Para quem viaja a trabalho com frequência, isso significa menos horas de estrada e mais agilidade no dia a dia.
A cidade também é ligada por rodovias duplicadas e conta com linhas férreas que facilitam o escoamento de produtos, aproximando o município de outros centros econômicos e do Porto de Santos.
Essa malha de transporte reforça o papel de Ribeirão como polo logístico e industrial, o que volta a se refletir na força da economia local.
Além da infraestrutura e dos indicadores econômicos, Ribeirão Preto oferece uma agenda cultural ativa. O Theatro Pedro II é um dos cartões-postais da cidade e figura entre os maiores teatros de ópera do país, recebendo apresentações musicais, peças e eventos diversos ao longo do ano.
A gastronomia também tem peso na vida cotidiana. Bares tradicionais, restaurantes de diferentes especialidades e uma cena noturna animada fazem parte da rotina dos moradores e de quem visita à cidade.
Para quem vem de fora, essa combinação de preço mais baixo do imóvel com vida urbana intensa costuma ser um atrativo a mais.
Na prática, o retrato que os dados da Fipe e da OLX ajudam a desenhar é o de uma cidade que conseguiu unir duas frentes importantes: valores de metro quadrado mais acessíveis que a média das grandes capitais e uma estrutura de serviços que se aproxima das metrópoles.
Para quem pensa em trocar de CEP em busca da casa própria, Ribeirão Preto aparece como alternativa concreta: é possível pagar menos por um apartamento e, ainda assim, viver em um polo econômico, educacional e cultural consolidado no interior de São Paulo.
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