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Descoberta revela a importância da preservação do legado histórico | Reprodução: YouTube
Cidade fantasma Lamego, escondida por séculos sob a floresta amazônica, foi revelada por arqueólogos do projeto Amazônia Revelada, com apoio da National Geographic, por meio da tecnologia Lidar em Rondônia.
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Essa antiga cidade colonial surpreende pelo traçado urbano planejado, mostrando que a presença portuguesa no coração da Amazônia foi mais organizada e duradoura do que se imaginava.
A redescoberta trouxe novos questionamentos sobre a ocupação europeia na região, indicando que havia não apenas exploração, mas também esforços de estruturação política e urbana em áreas antes consideradas intocadas.
O uso de tecnologias modernas possibilitou enxergar além da densa vegetação, revelando fragmentos de um passado que redefine a maneira como interpretamos a história amazônica.
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Lamego chegou a abrigar aproximadamente 300 pessoas, entre colonizadores portugueses e pessoas escravizadas. O desenho de ruas e as evidências de infraestrutura revelam que não se tratava de um assentamento improvisado, mas de uma cidade cuidadosamente pensada para exercer funções estratégicas.
Esses elementos confirmam que havia uma presença organizada e planejada, com objetivos políticos e militares bem definidos, reforçando a ideia de que a Amazônia teve núcleos urbanos de relevância no período colonial.
A poucos quilômetros de Lamego, foi encontrada a Vila de Bragança, sugerindo que existia uma rede de localidades interligadas na região. A proximidade entre os dois núcleos aponta para possíveis trocas de recursos, rotas compartilhadas e atividades complementares.
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Os vestígios de ruas e edificações indicam que Bragança possuía certa urbanidade, reforçando a percepção de que o interior amazônico abrigava comunidades mais complexas do que se pensava.
O uso do Lidar, que mapeia o relevo sob a floresta através de pulsos de laser, foi essencial para identificar as estruturas de Lamego e Bragança sem a necessidade de desmatamento. Essa inovação tecnológica trouxe à tona detalhes invisíveis a olho nu.
Apesar de apenas uma pequena fração da Amazônia ter sido mapeada até o momento, os resultados já mostram o potencial dessa ferramenta para revelar novos sítios arqueológicos, preservando o patrimônio cultural escondido pela floresta.
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As evidências de Lamego e Bragança mudam a forma como a história da Amazônia colonial é contada, desafiando a visão de uma ocupação dispersa e sem planejamento. Agora, é possível afirmar que existiram projetos urbanos e políticas de controle no interior da floresta.
Essas descobertas também reforçam a importância da preservação do patrimônio arqueológico, trazendo à tona memórias que se conectam com a identidade cultural da região e ainda influenciam as comunidades que nela vivem.
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