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Cientista: podemos ter acidentalmente matado o único marciano que já existiu há quase 50 anos

Astrônomo da Universidade Técnica de Berlim explica teoria de que matamos forma de vida de Marte

Jenny Perossi

11/07/2025 às 08:14

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Imagem meramente ilustrativa, os marcianos não teriam essa aparência.

Imagem meramente ilustrativa, os marcianos não teriam essa aparência. | Imagem gerada por inteligencia artificial

A busca pela vida fora do planeta Terra é um assunto que intriga muito os cientistas, e Marte é um forte candidato para abrigar vida extraterrestre. Mas Dirk Schulze-Makuch, astrônomo alemão, afirmou que podemos ter achado, e acidentalmente matado, o único marciano que encontramos.

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Vida marciana na verdade se pareceria mais com bactérias. Imagem: NIAID/Wikimedia Commons
Vida marciana na verdade se pareceria mais com bactérias. Imagem: NIAID/Wikimedia Commons
A missão Viking foi lançada em 1975 com foguetes Titã III. Imagem: Creative Commons
A missão Viking foi lançada em 1975 com foguetes Titã III. Imagem: Creative Commons
Superfície do planeta vermelho é árida. Imagem: Creative Commons
Superfície do planeta vermelho é árida. Imagem: Creative Commons
Landers da missão Viking podem ter matado marcianos afogados. Imagem: Viking Mars Lander/Wikimedia Commons
Landers da missão Viking podem ter matado marcianos afogados. Imagem: Viking Mars Lander/Wikimedia Commons
Imagem meramente ilustrativa, os marcianos não teriam essa aparência. Imagem gerada por inteligencia artificial
Imagem meramente ilustrativa, os marcianos não teriam essa aparência. Imagem gerada por inteligencia artificial

A afirmação foi feita num simpósio da Fundação Palácio Real de Amsterdã. Dirk, que é professor no Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade Técnica de Berlim, explicou a hipótese com detalhes para uma matéria do portal Big Think.

Tudo começou com uma expedição da NASA, a Agência Espacial Americana, que enviou dois robôs para a superfície de Marte em 1976.  Entenda melhor sobre essa curiosa história a seguir.

Expedição Viking

O professor Schulze-Makuch conta que os dois robôs enviados para a superfície de Marte no Programa Viking estavam equipados com equipamentos de busca de vida inéditos. Contudo, os resultados dos testes foram confusos.

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Enquanto o teste de metabolismo microbiótico e o de síntese orgânica deram positivo, o teste de troca de gases deu negativo. Os robôs também eram equipados com detectores de compostos orgânicos.

Os detectores acharam vestígios de compostos orgânicos clorados, mas foram interpretados como contaminações vindas da Terra. Com os resultados, os cientistas afirmaram que não havia vida em Marte, mas o professor Schulze-Makuch apresentou outra interpretação.

Vida em climas secos

Para entender como a vida extraterrestre se comportaria, o professor estuda como seres microscópicos sobrevivem nos pontos mais extremos do planeta Terra. Um dos pontos mais secos do planeta é o Deserto do Atacama, no Chile.

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Mesmo sem muita água disponível, os micróbios desse deserto aprenderam uma maneira de conseguir água para sobreviver. Sabe quando deixamos o sal de cozinha descoberto, e ele parece “grudar”?

Isso acontece porque o cloreto de sódio, conhecido como sal de cozinha, absorve a umidade do ar. Os micróbios do Atacama aprenderam a se proliferar perto de sais que absorvem a umidade, e conseguir a água que precisam dessa forma.

O que o professor Schulze-Makuch teoriza é que os micróbios de Marte poderiam ter o mesmo “superpoder” de absorver água do ar utilizando sais dentro das próprias células. 

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A sonda Phoenix, lançada em 2008, confirmou que os compostos orgânicos clorados eram realmente de Marte, e de repente toda a informação da exploração Viking passou a fazer mais sentido.

Morte por afogamento

Na época, cientistas achavam que despejar um pouco de água na superfície do planeta vermelho poderia atrair seres microbióticos, afinal de contas, a vida na Terra só é possível com água.

Mas, se a hipótese do professor alemão estiver certa, nós podemos ter matado os micróbios de Marte afogados. Dirk Schulze-Makuch escreve:

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“Talvez os supostos micróbios marcianos coletados para os experimentos de liberação rotulada não tenham conseguido lidar com essa quantidade de água e tenham morrido após algum tempo”.
 
O teste de síntese orgânica, que deu positivo, foi um dos poucos conduzidos a seco, o que fortalece a hipótese do professor.

Vida em Marte

Teríamos mesmo encontrado vida em Marte, e na mesma expedição, cometido o primeiro assassinato espacial da história? Para Schulze-Makuch, ainda precisamos de mais testes.

“Nós precisamos de uma nova missão para Marte dedicada primariamente a detectar vida para testar essa hipótese. Mal posso esperar para uma missão dessas decolar.”

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