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Cientistas descobrem síndrome severa em quem fuma maconha com frequência

O distúrbio foi recentemente reconhecido pela OMS

Jenny Perossi

03/12/2025 às 06:15

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Embora traga benefícios médicos, o exagero no consumo pode também ser prejudicial

Embora traga benefícios médicos, o exagero no consumo pode também ser prejudicial | Imagem: Banco de imagens

Na sabedoria popular, geralmente o consumo frequente de maconha é associado a pensamento lento e problemas de memória. Mas cientistas reconheceram uma síndrome nova entre usuários assíduos: problemas intestinais intensos.

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É mais comum entre pessoas do sexo masculino que fumam diariamente. Imagem: Banco de imagens
É mais comum entre pessoas do sexo masculino que fumam diariamente. Imagem: Banco de imagens
Náusea persistente é principal sintoma da fase hiperemética. Imagem: Banco de imagens
Náusea persistente é principal sintoma da fase hiperemética. Imagem: Banco de imagens

Reconhecido com o código R11.16 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a Síndrome da Hiperêmese Canabinóide é um distúrbio que causa náusea, vômito e dores abdominais intensas, levando muitas vezes a uma internação hospitalar.

Enquanto o número de pessoas na emergência aumenta, médicos e cientistas esperam que a formalização do distúrbio facilite o diagnóstico e espalhe informação para os usuários. Entenda o que se sabe sobre a síndrome da hiperêmese canabinóide.

Uso abusivo

Conforme estudo da Hospital da Universidade Temple, na Filadélfia, EUA, a Síndrome de Hiperêmese por Canabinóides (SHC) se caracteriza pelo uso crônico de cannabis, episódios cíclicos de náuseas e vômitos, e banhos quentes frequentes.

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A condição afeta apenas parte dos usuários abusivos de cannabis, mas é mais comum entre pessoas do sexo masculino com idades entre 16 a 34 anos. Outros fatores de risco incluem ter começado antes dos 16, fumar todo dia, possuir outros problemas de abuso de substância e tabagismo.

Estima-se que a SHC afete 2,7 milhões de pessoas anualmente apenas nos Estados Unidos.

Problemas cíclicos

A doença possui três fases que podem se repetir conforme o consumo de maconha, inclusive a para fins medicinais. São elas:

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  • Fase Prodrômica: dura meses ou até anos, caracterizada por náuseas matinais e dores abdominais mais leves, às vezes com ânsia de vômito. Essa fase pode levar o usuário a consumir mais cannabis, na esperança de que ela faça os sintomas passarem

  • Fase Hiperemética: essa fase dura entre 24 a 48 horas, mas pode se repetir em ciclos entre semanas e meses. O paciente apresenta náuseas persistentes, vômito irrefreável e dores abdominais intensas. Outro fator que facilita o diagnóstico é o alívio temporário dos sintomas com um banho quente.

  • Fase de Recuperação: ocorre quando o paciente interrompe o uso de cannabis. Os sintomas desaparecem em dias ou meses após a interrupção, mas podem retornar se o consumo voltar.

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Segundo médicos, os casos de Síndrome de Hiperêmese por Canabinóides pioram quando pacientes se recusam a aceitar que as mazelas são causadas pela maconha, o que se configura como dependência.

Até o momento, a única cura conhecida para SHC é a abstinência contínua da cannabis.

Beneficios da maconha

Embora a condição afete parte dos usuários, a cannabis possui diversos usos comprovados na medicina. Ótima como anticonvulcionante, contra reumatismos e até tratamento contra ansiedade.

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