Entre em nosso grupo
2
Continua depois da publicidade
Pedra peciosa avaliada em mais de R$ 3 milhões de reais é encontrada dentro de baleia morta | Foto: Reprodução/YouTube
Quando uma baleia cachalote apareceu morta na praia de La Palma, nas Ilhas Canárias, ninguém suspeitou que dentro dela havia escondido um tesouro avaliado em 3 milhões de reais.
Continua depois da publicidade
Com mar agitado e maré alta, a autópsia do animal parecia um desafio quase impossível, mas o patologista Antonio Fernández Rodríguez, chefe do Instituto de Bem-Estar Animal e Segurança Alimentar da Universidade de Las Palmas, estava determinado a descobrir o que havia matado a baleia.
A suspeita de Antonio era de que a causa da morte do mamífero foi ocasionada por um problema digestivo e após examinar o cólon do animal percebeu algo duro que estava preso no membro.
Após a autópsia, foi retirado da baleia uma pedra de âmbar com cerca de 50 a 60 centímetros de diâmetro e pesando 9,5 quilos.
Continua depois da publicidade
Âmbar é uma resina vegetal considerada rara, que tem sido considerada o Santo Graal dos perfumistas há séculos. A resina foi descoberta no século XIX quando a caça às baleias se tornou popular, porém apenas uma em cada cem cachalotes produz âmbar.
As baleias consomem abundantes quantidades de lula, a maioria da qual não pode ser digerida e é regurgitada. No entanto, certos resíduos permanecem e, ao longo dos anos, acumulam-se nos intestinos da baleia, formando o âmbar-gris.
Em alguns casos, o âmbar é excretada, razão pelo qual a pedra pode ser encontrada flutuando no mar. No caso da baleia cachalote de La Palma, o nódulo se tornou tão grande que perfurou o intestino do animal – o que ocasionou sua morte.
Continua depois da publicidade
O pedaço encontrado dentro da baleia cachalote foi avaliado em aproximadamente € 500.000 – mais de três milhões de reais.
O âmbar tem cheiro amadeirado, mas para além disso, o que faz essa substância ser tão concorrida entre os perfumistas é a capacidade dele fixar aromas e preservar sua vida útil. EUA, Austrália e Índia proibiram o comércio de âmbar para tentar coibir a caça de baleias e impedir a exploração desses animais.
O escritor Herman Melville, dedicou um capítulo inteiro ao âmbar no livro Moby Dick, ondele ele descreve: “macio, ceroso e tão perfumado e picante, frequentemente usado em perfumaria... Quem imaginaria que todas aquelas damas e cavalheiros de voz elegante se dariam ao luxo de uma infusão das entranhas inglórias de uma baleia doente!”.
Continua depois da publicidade
Continua depois da publicidade