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Cientistas identificam origem de explosão de rádio milhões de vezes mais potente que o Sol

A descoberta de um extremo pulso de rádio vindo do espaço profundo surpreende astrônomos

José Adryan

09/11/2025 às 12:15

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De acordo com cientistas, uma fração de segundos foi suficiente para liberar a energia que o sol leva 4 dias para gerar

De acordo com cientistas, uma fração de segundos foi suficiente para liberar a energia que o sol leva 4 dias para gerar | Freepik

Uma equipe de pesquisadores da Northwestern University (EUA) rastreou a origem de um dos mais brilhantes impulsos rápidos de rádio (FRB, na sigla em inglês) já detectados, o sinal chamado RBFLOAT.

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Telescópios no Canadá conseguiram rastrear um dos pulsos de rádio mais poderosos já detectados no espaço
Telescópios no Canadá conseguiram rastrear um dos pulsos de rádio mais poderosos já detectados no espaço
O fenômeno, vindo de uma galáxia a 130 milhões de anos-luz, liberou mais energia que o Sol em quatro dias (Fotos: Freepik)
O fenômeno, vindo de uma galáxia a 130 milhões de anos-luz, liberou mais energia que o Sol em quatro dias (Fotos: Freepik)

Em março de 2025, o pulso durou apenas frações de segundo, mas liberou tanta energia quanto o Sol produz em quatro dias inteiros.

Um milésimo de segundo que vale milhões

O pulso foi detectado pelo radiotelescópio CHIME, no Canadá, junto com uma rede de estações-satélite chamada Outriggers, que permitiu localizar o FRB até a galáxia espiral NGC 4141, a cerca de 130 milhões de anos-luz de distância. 

O que torna o evento ainda mais impressionante é que não se tratava de um sinal repetitivo, ou seja, foi um “evento único” localizado com precisão até 13 parsecs (42 anos-luz) de erro.

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O que pode estar por trás desse raio-rádio cósmico

Embora os cientistas ainda não confirmem o mecanismo, o local de origem, uma região de formação estelar intensa, sugere que o emissor poderia ser um magnetar (uma estrela de nêutrons com campo magnético ultra-forte) ou outra fonte exótica de energia. 

Esse tipo de descoberta é importante porque ajuda a entender melhor os limites da física em condições extremas, e pode revelar como funcionam os mais poderosos objetos do universo.

Por que isso importa para nós

Mesmo sendo um fenômeno a dezenas de milhões de anos-luz, essa identificação mostra o quanto o universo ainda guarda mistérios, e reforça que, em alguns casos, observações podem ligar um flash quase imperceptível com galáxias inteiras.

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Também abre caminho para que cientistas rastreiem mais desses eventos, construindo estatísticas que podem revelar padrões antes invisíveis.

O próximo passo

A expectativa é que, com os avanços em tecnologia, como novos radiotelescópios, melhor processamento de dados, redes mais abrangentes, possamos localizar muitos mais desses FRBs e talvez até observar em detalhe como se dão no momento em que ocorrem.

Isso pode trazer respostas para perguntas que até pouco tempo pareciam ficção: como morrem as estrelas mais extremas? Como é o ambiente ao redor de magnetares ou buracos-negros em explosão?

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