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Estudos da American Psychological Association indicam que jogos estratégicos melhoram em até 30% a capacidade de tomada de decisão em crianças | Freepik
Durante muito tempo, os videogames foram vistos como simples passatempos. Distrações capazes de prender a atenção das crianças por horas, mas pouco úteis para o desenvolvimento.
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Porém, os psicólogos e educadores apontam que, quando usados com equilíbrio, alguns jogos podem se tornar ferramentas de aprendizado emocional e cognitivo, especialmente no incentivo à disciplina.
De acordo com o psicólogo francês Benoît Virole, especialista em comportamento infantil e tecnologias digitais, o segredo está no uso moderado. “Enquanto o jogo não interferir em outras atividades nem isolar a criança, ele pode trazer benefícios reais”, explicou ao portal La Nacíon.
Os títulos que favorecem a disciplina, segundo ele, não são os de ação imediata, em que o jogador reage de forma automática, mas aqueles que exigem planejamento, paciência e gestão de recursos.
Nesses ambientes, a criança aprende a lidar com erros, cumprir etapas e alcançar objetivos de longo prazo, pilares da disciplina e da perseverança.
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A disciplina, nesse contexto, vai além da obediência. Está relacionada à capacidade de seguir regras, administrar recursos e trabalhar hoje por uma recompensa que virá no futuro.
Jogos que envolvem construção, rotina e estratégia colocam o jogador diante de desafios progressivos. É preciso entender o funcionamento do sistema, testar hipóteses, planejar e lidar com o fracasso.
Essa repetição estruturada estimula a resiliência e o senso de responsabilidade, habilidades essenciais para o desenvolvimento infantil.
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Com base em recomendações de psicólogos e educadores, veja cinco exemplos de jogos eletrônicos que podem ajudar as crianças a desenvolver persistência, foco e planejamento:
Mais do que um jogo, é um universo aberto de construção. Para erguer uma estrutura complexa, o jogador precisa coletar materiais, gerenciar o inventário e planejar cada etapa. A paciência e o esforço constante são fundamentais para concluir qualquer projeto.
Neste simulador de vida, o tempo avança em ritmo real. Quem planta uma árvore precisa esperar dias para vê-la crescer. O jogo ensina sobre rotina, paciência e recompensa gradual, ao mesmo tempo em que estimula tarefas diárias como cuidar do ambiente e administrar recursos.
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Em um mundo aberto sem caminhos pré-definidos, o jogador precisa planejar rotas, gerenciar recursos limitados e resolver problemas complexos. As armas quebram, os alimentos precisam ser preparados e cada decisão afeta o progresso. É uma lição prática de estratégia e autossuficiência.
Por trás do famoso lema “Temos que pegar todos!”, há uma lição de persistência. Não basta capturar criaturas: é preciso treiná-las, compreender suas habilidades e formar uma equipe equilibrada. O processo estimula o comprometimento e a paciência diante de resultados graduais.
No campo físico, o jogo requer concentração, coordenação e prática constante. Seguir o ritmo das músicas e aperfeiçoar os movimentos ensina autocontrole corporal e consistência. Características também associadas à disciplina.
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Durante décadas, os jogos eletrônicos foram vistos como vilões, mas hoje são reconhecidos como ambientes de experimentação segura. Neles, a criança pode testar estratégias, errar e tentar novamente — um processo essencial para desenvolver autonomia e autocontrole.
Quando acompanhados de limites claros e diálogo com os pais, esses jogos ajudam a transformar a diversão em aprendizado, fortalecendo a paciência, o foco e o senso de propósito.
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