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Saiba como é medido a classe social no Brasil | Marcelo Casal Jr./ Agência Brasil
Por estarmos em um País onde a desigualdade social é alta, a segmentação das famílias em classes econômicas é um tema complexo, que pode variar conforme a metodologia utilizada.
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Existem diversas fórmulas e cálculos que apontam cada tipo de classe na sociedade. A principal referência para essa classificação é a medição da renda familiar per capita (renda total da família dividida pelo número de moradores).
Essas classificações usam dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e da ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisas). Além disso, são utilizados os Critérios de Classificação Econômica Brasil (CCEB).
A classificação da classe social brasileira depende da renda per capita de cada família. No entanto, é importante ressaltar que podem variar ligeiramente entre as fontes e ao longo do tempo, mas a lógica é similar. Veja abaixo um breve exemplo de como seria esse cálculo:
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A classificação das classes sociais em A, B, C, D e E no Brasil surgiu em 1997 com a criação do Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB), desenvolvido pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP).
Esse sistema foi elaborado para medir o poder aquisitivo das famílias brasileiras de forma mais precisa do que apenas considerar a renda declarada, que muitas vezes é subestimada ou omitida.
O CCEB utiliza um sistema de pontos baseado na posse de bens duráveis e no grau de escolaridade do chefe da família. Itens como número de banheiros, presença de eletrodomésticos (geladeira, TV, máquina de lavar), automóveis e empregada doméstica são considerados.
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Cada item possui uma pontuação específica, e a soma total determina a classe econômica da família. Essa metodologia permite uma segmentação mais detalhada da população, auxiliando em pesquisas de mercado, políticas públicas e estudos sociais.
É importante destacar que o IBGE não utiliza essa classificação em suas pesquisas, optando por categorizar a população com base em faixas de renda.
Enquanto o Critério Brasil foca no poder de consumo e posse de bens, o IBGE analisa a renda familiar mensal para entender a distribuição econômica da população.
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Embora amplamente utilizado, o Critério Brasil enfrenta críticas por não considerar aspectos como acesso a serviços públicos, qualidade de vida e desigualdades regionais.
Além disso, a posse de bens não reflete necessariamente a real condição econômica das famílias, especialmente em contextos de endividamento ou aquisição de itens por meio de financiamentos.
Em resumo, a classificação A, B, C, D e E foi criada para oferecer uma visão mais prática e aplicável do poder aquisitivo das famílias brasileiras, sendo uma ferramenta útil para diversos setores, embora não isenta de críticas e limitações.
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