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CNH brasileira no exterior: veja em quais países ela é válida

Saiba quando a CNH sozinha resolve, quando a PID é necessária e quais cuidados tomar antes de alugar carro e dirigir em viagens internacionais

Raphael Miras

11/12/2025 às 16:55

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A CNH brasileira abre portas em boa parte do mundo, mas não dispensa planejamento.

A CNH brasileira abre portas em boa parte do mundo, mas não dispensa planejamento. | Freepik

Viajar para fora do Brasil e alugar um carro é, para muita gente, sinônimo de liberdade: você escolhe os horários, foge dos roteiros óbvios e descobre cantinhos que não aparecem nos guias turísticos.

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Mas, antes de colocar o pé na estrada em outro país, surge a dúvida: a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) brasileira é suficiente ou é preciso tirar a Permissão Internacional para Dirigir (PID)?

A resposta não é única, mas a boa notícia é que, em muitos casos, a CNH é aceita – especialmente em viagens curtas, de turismo. Ainda assim, entender as regras de cada região é fundamental para evitar dor de cabeça na imigração ou no balcão da locadora.

CNH brasileira é aceita em mais de 100 países

A CNH do Brasil é reconhecida em mais de 100 países para estadias de curta duração, geralmente de até 90 ou 180 dias. Isso vale principalmente para nações que fazem parte da Convenção de Viena sobre Trânsito Rodoviário ou que mantêm acordos bilaterais com o Brasil.

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Na prática, isso significa que, se você está indo passar férias, em muitos destinos será possível dirigir apenas com a sua CNH válida. Mas há um detalhe importante: em vários lugares, embora a lei até permita o uso da carteira brasileira, as locadoras de veículos podem exigir a PID por conta própria, como política interna.

O que é a PID e por que ela é tão recomendada

A Permissão Internacional para Dirigir (PID) costuma aparecer como “a carteira de motorista internacional”. Tecnicamente, ela não é uma nova habilitação, e sim uma tradução juramentada da sua CNH para vários idiomas, como inglês, espanhol e francês.

Alguns pontos essenciais sobre a PID:

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  • Ela só tem validade quando apresentada junto com a CNH física original dentro do prazo. Sozinha, não vale nada.
  • Ajuda a driblar barreiras idiomáticas em abordagens policiais, vistorias ou acidentes.
  • Em alguns países, é obrigatória para que o turista possa dirigir legalmente.

Por isso, mesmo onde a CNH é aceita, a recomendação dos especialistas em trânsito e das próprias embaixadas costuma ser clara: se você vai dirigir no exterior, vale muito a pena emitir a PID no Detran do seu estado antes de viajar.

Onde a CNH costuma ser suficiente nas Américas

Graças a acordos regionais, a CNH brasileira é amplamente aceita em boa parte do continente americano, principalmente em viagens turísticas de curta duração. Em geral, a carteira nacional é suficiente em países como:

América do Sul

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  • Argentina
  • Bolívia
  • Chile
  • Colômbia
  • Equador
  • Guiana
  • Paraguai
  • Peru
  • Uruguai
  • Venezuela

Dentro do Mercosul, é comum o brasileiro cruzar fronteiras de carro usando apenas a CNH e o documento do veículo, respeitando, claro, as regras de seguro obrigatório e outros documentos exigidos em cada país.

América do Norte e Central

  • Estados Unidos (a aceitação varia de estado para estado, mas em muitos deles, como Flórida e Califórnia, a CNH é aceita por períodos curtos)
  • Canadá
  • México

Nesses casos, embora muitos turistas consigam dirigir só com a CNH, a PID aumenta a segurança jurídica. Em alguns estados americanos, por exemplo, um policial pode não se sentir confortável em analisar um documento totalmente em português.

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Europa e outros continentes: PID vira quase regra

Ao cruzar o Atlântico, o cenário muda um pouco. Muitos países europeus aceitam a CNH brasileira, mas a PID passa a ser praticamente um item de segurança básica na mala do viajante.

Entre os destinos que costumam aceitar a CNH com ou sem exigência de PID estão:

  • Alemanha
  • Áustria
  • Bélgica
  • Espanha – em geral, aceita a CNH brasileira por até seis meses sem necessidade de PID para estadias temporárias.
  • França – costuma exigir ou, ao menos, recomendar fortemente a PID.
  • Itália – em regra, pede PID ou tradução juramentada da CNH.
  • Portugal – graças a acordos recentes, brasileiros com residência temporária ou em estadias curtas podem dirigir com a CNH, sem PID, dentro de determinadas condições.
  • Reino Unido (Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte)
  • Suíça

Fora da Europa, outros destinos também aparecem com frequência nas listas de países que aceitam a CNH brasileira, sempre com a ressalva da duração da estadia e das regras locais:

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  • África do Sul
  • Austrália
  • Nova Zelândia
  • Rússia
  • Tailândia

Nesses locais, é muito comum que a PID seja solicitada por locadoras ou em eventuais fiscalizações, mesmo quando a lei prevê certa flexibilidade.

Países que quase sempre exigem licença local

Há destinos em que nem a CNH nem a PID são, por si só, suficientes. É o caso de países onde a legislação de trânsito é mais rígida com estrangeiros ou que não são signatários dos principais acordos internacionais.

Dois exemplos marcantes:

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  • Japão – em geral, não aceita a CNH brasileira nem a PID diretamente. O viajante precisa cumprir procedimentos específicos, que podem envolver tradução juramentada da carteira por órgãos reconhecidos e, em alguns casos, a obtenção de uma habilitação local.
  • China – costuma exigir licença de motorista chinesa. Há cidades com processos específicos para estrangeiros, que podem incluir testes e registros temporários.

Nesses casos, quem pretende dirigir precisa se informar com bastante antecedência, porque o processo pode ser burocrático e demorado.

Cuidados práticos antes de viajar

Mais do que decorar listas de países, o ideal é encarar o tema “dirigir no exterior” como parte do planejamento da própria viagem. Algumas atitudes simples fazem diferença:

  • Verifique sempre as regras atualizadas
    Consulte os sites oficiais de embaixadas, consulados e órgãos de trânsito do país que você vai visitar. As leis podem mudar e, às vezes, um acordo que valia há alguns anos já foi revisto.
  • Cheque as exigências da locadora de veículos
    Mesmo em países que aceitam a CNH, muitas empresas de aluguel exigem a PID, cartão de crédito internacional em nome do condutor e idade mínima específica.
  • Confirme a validade da sua CNH
    A carteira precisa estar dentro do prazo. CNH vencida não é aceita nem no Brasil, muito menos fora. Além disso, o documento físico ainda é o mais seguro – a versão digital pode não ser reconhecida em uma blitz, por exemplo.
  • Peça a PID no Detran do seu estado
    A emissão é relativamente simples e costuma ser feita mediante taxa e apresentação da CNH válida. O prazo e o valor variam de acordo com o estado, mas, para quem pretende viajar com frequência, é um investimento que traz tranquilidade.

Vale a pena tirar a PID?

Para quem pretende alugar carro ou dirigir com regularidade durante uma viagem internacional, a resposta tende a ser sim. A PID:

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  • Facilita a comunicação com autoridades e empresas.
  • Diminui o risco de multas, apreensão do veículo ou até impedimento de dirigir por falta de documento adequado.
  • Serve em vários países de uma só vez, durante o período de validade.

Mesmo onde não é exigida por lei, a PID funciona como uma camada extra de segurança. Em um momento de tensão – como um acidente, uma abordagem policial ou uma dúvida no guichê da locadora – ter o documento traduzido pode evitar mal-entendidos.

No fim das contas, a CNH brasileira abre portas em boa parte do mundo, mas não dispensa planejamento. Entender as regras do país de destino e, quando possível, viajar com a PID na carteira é a forma mais segura de garantir que sua experiência ao volante no exterior seja lembrada pelas paisagens, e não por problemas burocráticos.

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