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Estudos mostram que o "cheiro de idade" é real e pode começar mais cedo do que você imagina, mas não é falta de higiene | Freepik
À primeira vista, pode parecer até ofensivo ouvir que alguém tem um “odor a velho”. Mas, afinal, esse cheiro realmente existe? A resposta é sim! Estudos científicos já indicaram que o chamado “odor a velho” é real, porém, não tem relação alguma com a falta de higiene.
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Na verdade, ele está ligado a uma molécula natural produzida na nossa pele, e o mais surpreendente é que esse processo pode começar a se manifestar a partir dos 30 anos de idade.
Este assunto ganhou destaque recentemente nas redes sociais, especialmente após o vídeo da radiologista Ena Mondragón no TikTok. A profissional da Nicarágua afirmou que “o odor a velho existe e pode começar a manifestar-se a partir dos 30 anos”.
Ela esclarece que o odor não é sinal de sujeira, mas sim um “processo natural do nosso corpo” que se inicia quando a capacidade antioxidante natural do organismo diminui.
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A seguir, a ciência por trás do cheiro, por que ele não é desagradável e como essa descoberta desmistifica um conceito antigo.
Os cientistas descobriram que o odor está associado a uma molécula específica, chamada 2-nonenal. Ela é produzida na pele quando os ácidos gordos oxidam de forma natural. É, portanto, um processo bioquímico inevitável com o passar dos anos.
Vários trabalhos científicos reforçam esta tese. Por exemplo, um estudo mencionado pela revista Scientific American em 2012 concluiu que pessoas acima dos 40 anos tinham níveis mais altos da molécula 2-nonenal na pele e no suor, quando comparadas a indivíduos entre 25 e 40 anos.
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Portanto, os investigadores notam que este químico pode ser a “grande causa da deterioração no odor corporal observada com o envelhecimento”.
Curiosamente, não apenas a molécula existe, mas os humanos conseguem, de fato, identificar a idade de outras pessoas apenas pelo odor corporal.
Um outro estudo, também de 2012 e publicado na revista científica PLOS ONE, revelou que os participantes conseguiam distinguir três categorias de idade com base nas diferenças de cheiro.
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Ademais, os resultados trouxeram uma surpresa: o odor do grupo mais velho (entre 75 e 95 anos) não era o mais forte nem o mais desagradável.
Pelo contrário, verificou-se que o cheiro deste grupo era menos intenso e menos ofensivo do que os odores corporais de jovens (20 a 30 anos) e até de pessoas de meia-idade (45 a 55 anos).
Portanto, fique tranquilo! O “cheiro de idade” não é motivo de constrangimento ou vergonha. É, antes de tudo, um processo natural do corpo, explicado pela ciência e que, como mostram os estudos, nem sempre é o mais perceptível ou desagradável.
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