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Esse objeto faz parte de um grupo raríssimo de fora do Sistema Solar | Imagem: ESA/Hubble
Pesquisadores divulgaram novas imagens do objeto celeste 3I/ATLAS. Desde sua descoberta, feita no dia 1º de julho de 2025 pelo Hubble, o cometa tem despertado o imaginário popular por vir de fora do Sistema Solar. Seria uma nave espacial?
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Um artigo científico chegou inclusive a ser publicado, afirmando que o objeto se tratava de uma tecnologia alienígena potencialmente perigosa. Mas a comunidade científica foi cética e logo descartou a opção.
O que as imagens do telescópio James Webb mostraram é que se trata de um cometa, mas um cometa com a composição bastante diferente dos outros. Entenda o que faz do 3I/ATLAS um objeto tão único.
Segundo as observações do super telescópio James Webb, mais moderno em órbita da Terra, o cometa 3I/Atlas possui um núcleo que pode ter de 500 metros a 3,6 quilômetros de diâmetro. Ele possui oito vezes mais gás carbônico que água, o que supera muito o esperado.
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Ele contém pequenas quantidades de gelo d’água, vapor d’água, monóxido de carbono e sulfeto de carbonila, além de emitir pequenas quantidades de gás cianeto e vapor atômico de níquel.
Esse é o terceiro cometa extrasolar que conseguimos observar. O primeiro foi o 1I/Oumuamua e o segundo foi o cometa 2I/Borisov. Ele está se deslocando com uma velocidade impressionante de 58 km/s (208 mil km/h).
Como ele não é um cometa de órbita ao redor do Sol, os cientistas correm contra o tempo para tentar estudar ao máximo esse raro visitante enquanto ele ainda está por aqui. Ele deve passar pelo Sol dia 28 de outubro de 2025, e nunca mais retornar.
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Em 19 de dezembro, o cometa vai ter sua aproximação máxima do planeta Terra, mas não há o que temer! Ele vai passar a 268 milhões de quilômetros do nosso planeta água.
O 3I/ATLAS é possivelmente o cometa mais antigo que já observamos, com a idade de, no mínimo, 7 bilhões de anos. O Sistema Solar, em comparação, possui apenas 4,6 bilhões de anos de idade.
A teoria mais aceita é de que o cometa tem origem perto do Centro Galáctico da nossa galáxia, a Via Láctea. Não é possível rastrear sua estrela mãe porque o objeto passou bilhões de anos viajando pelo espaço.
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O cometa deve ter surgido de um disco protoplanetário, ou seja, um disco formado ao redor de uma estrela recém-nascida. Esse disco esfria com o tempo, formando os planetas que orbitam a estrela.
Mesmo não sendo uma nave espacial, o 3I/Atlas não deixa de ser impressionante. Quem sabe quando será que um novo visitante estelar vai passar por nós?
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