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Resposta para a pergunta depende da misteriosa energia escura | Imagem: PxHere
Algumas perguntas fundamentais pairam na cabeça dos seres humanos desde sempre: qual é a origem do universo? Ele tem fim? Se for, ele vai um dia acabar?
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A ciência já possui resposta para a origem do universo: o big bang. Há aproximadamente 13 bilhões de anos atrás, todo o cosmos estava compactado em um ponto infinitamente pequeno. O ponto então se expandiu rapidamente, o universo foi esfriando e os elementos fundamentais se formaram.
Mas para o fim dos tempos, os astrofísicos ainda não chegaram a uma conclusão. Há três hipóteses, e o cerne da discussão está numa força misteriosa: a energia escura. Veja o que nos espera nos próximos milhões, bilhões e até trilhões de anos.
Em um futuro bastante distante o planeta Terra deve passar por várias mudanças. A órbita terrestre passa por variações periódicas que duram milhares de anos, o que afeta a maneira como os hemisférios recebem luz solar. O resultado é que o clima do planeta passa por ciclos.
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Segundo André Berger, da Universidade Católica de Lovaina, na Bélgica, a Terra deve passar pelo próximo período glacial daqui a cerca de 50 mil anos, e a era do gelo deve durar dezenas de milhares de anos. As paredes de gelo formadas podem chegar até o sul da Europa.
Num futuro mais próximo, a Terra também deve passar pela inversão dos pólos magnéticos, o que pode enfraquecer o campo magnético do planeta por algumas dezenas de anos, e por consequência, pode ser um problema para a vida terrestre.
O movimento das placas tectônicas também afasta e aproxima os continentes ao longo de milhares de anos, e Christopher Scotese, geólogo da Universidade de Chicago, estimou que daqui a 250 milhões de anos os continentes devem se juntar novamente numa nova Pangeia.
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O fim do planeta vai ocorrer junto com o fim do Sol. Daqui a 5 bilhões de anos, o astro-rei deve entrar na fase final de sua vida, se expandindo cerca de 100 vezes e se tornando uma gigante vermelha. No processo, a Terra será engolida e carbonizada pela estrela.
Depois de mais alguns milhões de anos, o Sol vai ter esgotado todo o seu combustível, tornando-se uma anã branca.
Em certo ponto, todas as estrelas do universo vão ter gasto todo o seu combustível, e até as anãs brancas resfriarão e se tornarão anãs negras, que não emitem luz nem calor. Mas mesmo esse universo escuro ainda possui alguns objetos ativos, os buracos negros, que duram muito mais que as estrelas.
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Para entender como o universo pode chegar ao fim, é preciso entender outro conceito: a expansão do universo. O astrônomo Edwin Hubble descobriu, observando galáxias distantes em 1929, que elas estão se afastando, e numa velocidade cada vez maior.
A velocidade do afastamento depende da distância: quanto mais longe, mais rápido se afasta. Isso sugere que as galáxias não estão se movendo, mas mais espaço é criado no vácuo entre elas.
Faça dois pontos em uma bexiga vazia, e depois encha ela de ar. Os pontos vão se afastar porque a bexiga vai ficar maior, mas eles não saíram do lugar. É basicamente isso que acontece com as galáxias em nosso universo. Mas por que isso ocorre? Ninguém sabe.
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Como tudo que acontece na natureza acontece por uma força, uma energia, os cientistas decidiram chamar a força que expande o universo cada vez mais de energia escura. O fim do cosmos depende da quantidade de energia. Veja as três hipóteses.
Caso a energia escura se mantenha constante, o universo deve seguir se expandindo para sempre. As estrelas vão esfriar e até mesmo os buracos negros, que parecem ser eternos, também devem evaporar depois de incontáveis anos, por um processo chamado de radiação Hawking.
Não sobrará nada, apenas objetos sólidos perdidos para sempre em um universo eternamente grande, escuro, vazio e inerte.
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Caso a energia escura esteja aumentando, ela pode superar a gravidade local, o que fará com que mesmo as galáxias se partam e as estrelas se afastem entre si. Depois, os planetas se partirão com a força de expansão.
Por último, a energia escura pode superar até mesmo as forças que mantêm os núcleos atômicos juntos. Depois os prótons e nêutrons que foram separados nos núcleos também podem se partir em quarks, as partículas fundamentais.
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