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Dicas de adestradores e veterinários mostram como agir em ataques de cães | Arquivo pessoal/Reprodução
Você sabe o que fazer se for atacado por um cão de grande porte? Após o caso da criança atacada por um pitbull em São Paulo, especialistas explicaram quais atitudes podem salvar vidas em situações como essa.
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Ficar parado, proteger os órgãos vitais e não correr são atitudes essenciais, segundo o adestrador Alexandre Kawano. Essas estratégias podem fazer a diferença entre ferimentos leves e um desfecho trágico.
As dicas do adestrador Kawano foram cedidas em entrevista ao portal g1.
Quando um cão avança, o instinto de correr pode piorar a situação. Para o adestrador Alexandre Kawano, o ideal é se manter calmo, evitar movimentos bruscos e nunca correr. A fuga desperta ainda mais o instinto de caça do animal.
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Caso não seja possível subir em um lugar alto ou buscar abrigo, a recomendação é se jogar no chão e fingir-se de morto. Isso reduz o interesse do cão e protege áreas sensíveis do corpo.
A orientação dos especialistas é clara: deite-se de bruços, cole o ventre ao chão e use os braços para proteger rosto e orelhas. Essas regiões são muito sensíveis e, se lesionadas, podem causar sequelas sérias.
“A melhor forma de você se defender é se jogar no chão, tampar as orelhas e o rosto com as mãos, com a barriga para baixo”, explicou Kawano. Isso protege cartilagens e vísceras, alvos comuns dos cães durante ataques.
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Segundo Kawano, o comportamento do agressor muda quando não há resistência. “No reino animal, enquanto o outro animal se mexe, o agressor continua mordendo. Mas se você ficar quieto, ele vai embora”, afirmou o adestrador.
Mesmo que o cão morda uma ou duas vezes, a chance de o ataque cessar aumenta bastante se a pessoa não reagir. É uma estratégia baseada no comportamento natural dos animais em situações de confronto.
Ainda que os casos mais noticiados envolvam pitbulls, Kawano alerta que outras raças também podem atacar. Cães como rottweilers, pastores alemães e até vira-latas de médio e grande porte oferecem riscos parecidos.
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Por isso, ao cruzar com qualquer animal de grande porte com comportamento agressivo, a recomendação é a mesma: mantenha distância, não reaja e, se necessário, deite-se para se proteger.
O veterinário Bruno de Sá recomenda procurar atendimento médico imediatamente após uma mordida. O primeiro passo é identificar se o animal tem tutor ou vive nas ruas. Isso ajuda no protocolo de observação do animal.
“Normalmente esse animal fica em quarentena, em observação, mesmo tendo tomado todas as vacinas”, disse o veterinário. A ideia é monitorar sintomas que possam indicar doenças como a raiva.
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Mesmo que o ferimento pareça leve, a pessoa deve passar por avaliação médica. A raiva é uma doença grave, com taxa de letalidade próxima de 100%. Por isso, muitas vezes é necessário tomar a vacina antirrábica após a mordida.
O contato com saliva de cães infectados, por mordida, arranhão ou até lambida em ferida, pode transmitir o vírus. Segundo a OMS, 95% dos casos de raiva em humanos são causados por mordidas de cães contaminados.
Manter o animal em casa ou no quintal é o primeiro passo, segundo o veterinário. Ao sair para passear, tutores devem usar guia e, no caso de animais maiores ou agressivos, focinheira. Isso evita acidentes graves.
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“É como direção defensiva. Tem que prevenir”, alertou o especialista. Conhecer o temperamento do seu pet e evitar expô-lo a situações estressantes também são formas de evitar ataques inesperados.
Mesmo com as dicas de defesa, o melhor é evitar situações de risco. Manter distância de cães desconhecidos, não encarar o animal nos olhos e andar devagar ajudam a evitar ataques.
Se você for tutor, mantenha seu cão vacinado e seguro. E, caso veja alguém ser atacado, acione ajuda imediatamente. A rapidez no atendimento pode salvar a vítima e evitar sequelas.
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