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Pesquisador do Instituto Butatã revela quais são as cobras que só existem em ilhas brasileiras | Miguelrangeljr/Wikimedia Commons
O Brasil é um dos países com maior biodiversidade do mundo e, quando se trata de cobras, não é diferente.
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Segundo a Sociedade Brasileira de Herpetologia (SBH), o País abriga 848 espécies de répteis, sendo que mais da metade são serpentes de cores, tamanhos, habitats ou comportamentos próprios.
Entre elas, cinco são exclusivas de ilhas brasileiras. A seguir, descubra quais são e como se comportam, segundo o pesquisador Otavio Marques, do Laboratório de Ecologia e Evolução do Instituto Butantan.
A jararaca da Ilha das Cobras chama atenção pela cor amarelada e corpo fino. Ela tem cauda mais escura e longa, que é usada para atrair presas, pois lembra animais inofensivos como as minhocas.
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Menor que a jararaca do continente, ela raramente passa de um metro. Sua pele elástica e coração mais alto ajudam na agilidade e no equilíbrio ao escalar.
Essa cobra também possui uma incrível habilidade de se enrolar nos galhos, o que facilita a locomoção e a caça, já que vive nas árvores. Além disso, ela tem a cabeça maior e dentes menores, o que lhe permite capturar e engolir aves com precisão.
A jararaca de Alcatrazes, exclusiva da ilha que leva o mesmo nome, vive cercada por aves, mas não sobe em árvores como a jararaca-ilhoa.
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Uma curiosidade sobre essa cobra é que ela apresenta pedomorfose, um processo evolutivo em que o animal adulto mantém características de quando era filhote.
Além disso, ela costuma caçar à noite e se alimentar de pequenos anfíbios e lagartos, o que explica o seu porte reduzido.
Até 2013, treinamentos da Marinha do Brasil provocaram queimadas na ilha, colocando a cobra em grave risco de extinção, segundo o Instituto Butantan.
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A jararaca-da-Ilha-Vitória tem hábitos noturnos e terrestres, preferindo caçar anfíbios.
Exclusiva da ilha, ela possui corpo e cauda escuros, às vezes amarronzados, e mede até 70 centímetros.
Suas principais diferenças em relação a outras espécies estão no número de escamas e na forma do hemipênis, órgão reprodutor dos machos.
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Apesar de viver isolada a mais de 20 km da costa, seu habitat sofre com desmatamento, animais domésticos e caça por moradores.
A jararaca-da-Ilha-dos-Franceses, descrita em 2016, é nativa de uma pequena ilha a apenas quatro quilômetros da costa do Espírito Santo.
De porte reduzido, tem cauda alongada, cabeça mais curta, olhos grandes e uma postura distinta ao atacar.
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Ela é principalmente noturna e semi-arborícola, ou seja, passa parte do tempo no chão e parte do tempo em árvores ou galhos. Alimenta-se sobretudo de lagartixas e centopeias.
A jararaca da Ilha da Moela mora a apenas 2 km da costa do Guarujá. Possui coloração que varia entre cinza e marrom, mede até 60 centímetros e se alimenta de pequenos animais como rãs e salamandras.
Entre mais de vinte características morfológicas que a diferenciam de outras espécies, a mais perceptível é o tamanho menor da cabeça em relação ao corpo.
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Não foram encontrados registros públicos das espécies jararaca-de-vitória, jararaca-dos-franceses e jararaca-da-moela.
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