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As vias internas do parque eram sinalizadas em português, inglês e espanhol, lembrando a famosa Disney World. | Divulgação/Facebook
Inaugurado em 1998, o Terra Encantada nasceu com ambição de gente grande: ser um dos maiores parques temáticos do Brasil e um novo símbolo do turismo no Rio de Janeiro.
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Instalado em uma área de 300 mil metros quadrados na Barra da Tijuca, o empreendimento chegou ao público carregando expectativas e um investimento milionário, com participação de empresas nacionais e internacionais.
Apesar do projeto ousado, o parque acabou trilhando um caminho turbulento, marcado por problemas administrativos, falhas de segurança e acidentes que abalaram sua credibilidade.
Em 2010, após uma tragédia envolvendo uma visitante, as atividades foram encerradas. Seis anos depois, a estrutura daria lugar a um novo empreendimento imobiliário.
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Com um aporte total de US$ 235 milhões, o Terra Encantada pretendia disputar espaço com grandes referências do entretenimento mundial, como a Disney World.
O plano era ousado: alcançar faturamento anual de US$ 70 milhões apenas com bilheteria, além de receber até 3,5 milhões de visitantes por ano.
Para isso, contou com um grupo de investidores de peso, incluindo Coca-Cola, Garoto, Kibon, Kodak e Petrobras, além de financiamentos de instituições como o Bank of America e o BNDES.
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Mesmo com o entusiasmo inicial, os problemas começaram antes mesmo da inauguração. A abertura, que seria em 1997, precisou ser adiada e só aconteceu em janeiro do ano seguinte, ainda com a estrutura incompleta. Parte das lojas e atrações planejadas não ficou pronta a tempo.
A proposta do parque valorizava a cultura e a biodiversidade brasileiras, com personagens inspirados em lendas nacionais, decoração colorida e placas bilíngues para atrair também turistas estrangeiros.
Porém, a execução ficou distante do que era prometido no papel. Falhas na gestão, dificuldades de manutenção e interrupções frequentes em atrações minaram a confiança do público ao longo dos anos.
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Os incidentes também marcaram a história do Terra Encantada. Logo no primeiro mês de funcionamento, a atriz Ísis de Oliveira sofreu um acidente na Cabum, torre de queda livre com 67 metros de altura. A partir dali, outros episódios envolvendo falhas de segurança começaram a ser registrados.
Em 2010, o parque foi palco de uma tragédia que selaria seu destino. Durante a atração Monte Aurora, a visitante Heydiara Lemos Ribeiro, de 61 anos, caiu de um dos brinquedos e não resistiu aos ferimentos. Após o acidente, o parque encerrou as atividades de forma definitiva e nunca mais reabriu.
Três anos após o fechamento, em 2013, o terreno do Terra Encantada foi vendido às construtoras Queiroz Galvão e Cyrela por cerca de R$ 1,5 bilhão. Em 2015, o desmonte das estruturas começou, e em 2016, o parque que sonhou ser a “Disney brasileira” foi completamente demolido.
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Hoje, o espaço faz parte da memória afetiva de quem viveu seus primeiros anos de funcionamento, mas também representa um dos projetos mais ambiciosos e controversos da história recente do entretenimento no Brasil.
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