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Biólogos encontram menor cobra do mundo, que era considerada extinta

Espécie perdida surpreende pesquisadores ao reaparecer em habitat isolado

Marcos Ferreira

30/07/2025 às 19:35

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A cobra de Barbados era considerado extinta

A cobra de Barbados era considerado extinta | reprodução: YouTube

A menor cobra do mundo voltou a chamar a atenção da ciência ao ser redescoberta em Barbados, quase duas décadas após seu último registro. A Tetracheilostoma carlae, considerada desaparecida desde 2005, foi encontrada por biólogos durante uma expedição realizada em março de 2025.

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A cobra é característica da Ilha de Barbados - reprodução: YouTube
A cobra é característica da Ilha de Barbados - reprodução: YouTube
Acreditava-se que essa espécie de cobra havia sido extinta - reprodução YouTube
Acreditava-se que essa espécie de cobra havia sido extinta - reprodução YouTube
Em média, a cobra de Barbados mede apenas 10 cm - Reprodução: YouTube
Em média, a cobra de Barbados mede apenas 10 cm - Reprodução: YouTube

O achado foi comemorado por especialistas da Universidade das Índias Ocidentais, que participaram da busca em parceria com a Re:wild, organização internacional dedicada à conservação de espécies ameaçadas.

Medindo cerca de 10 centímetros e com corpo estreito e escuro, a cobra passa facilmente despercebida, o que torna sua localização um desafio. O exemplar foi encontrado sob uma pedra em uma floresta remanescente da ilha.

Após sua coleta, análises minuciosas confirmaram se tratar da mesma espécie descrita no início dos anos 2000, graças a características morfológicas muito específicas, como a escama nasal única e as listras discretamente alaranjadas.

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Uma expedição marcada pela persistência

O reencontro com essa cobra minúscula não aconteceu por acaso. A equipe passou semanas revirando folhas, pedras e galhos, em locais com vegetação primária ainda intacta.

Apesar das dificuldades, os pesquisadores mantiveram a esperança de localizar alguma evidência da espécie, e o esforço finalmente foi recompensado com a descoberta inesperada sob uma rocha úmida.

A importância do achado ultrapassa o aspecto simbólico. Com a confirmação da identidade da serpente, os cientistas podem agora iniciar estudos populacionais, genéticos e ecológicos que antes eram impossíveis devido à ausência de exemplares vivos.

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Um organismo adaptado ao mundo subterrâneo

A menor cobra do mundo apresenta adaptações notáveis à vida sob o solo. Praticamente cega, ela se desloca por túneis e cavidades alimentando-se de invertebrados como formigas, larvas e cupins.

Essa dieta especializada contribui para sua função ecológica ao controlar populações desses insetos no ecossistema.

Apesar disso, trata-se de uma espécie extremamente frágil. A reprodução é escassa, com fêmeas depositando apenas um ovo, e o ambiente subterrâneo onde vive é particularmente vulnerável à intervenção humana. Mesmo pequenas alterações no solo ou remoção de vegetação podem eliminar suas fontes de alimento e abrigo.

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Habitat sob ameaça crescente

Barbados, como outras ilhas do Caribe, sofre há séculos com a degradação ambiental. Desde a colonização, mais de 95% da vegetação original foi substituída por lavouras, pastagens ou áreas urbanas.

Os poucos fragmentos remanescentes, como o da descoberta, são insuficientes para garantir a sobrevivência de muitas espécies.

Essa situação evidencia a necessidade urgente de ações concretas para frear a perda de biodiversidade. A redescoberta da cobra é um sinal de que ainda há tempo, mas essa janela está se fechando rapidamente.

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A continuidade da destruição significará a perda definitiva de animais únicos como a Tetracheilostoma carlae.

Símbolo de um futuro que ainda pode ser salvo

O caso dessa pequena cobra inspira reflexão sobre o valor da vida em todas as suas formas. Mesmo criaturas discretas, quase invisíveis aos olhos humanos, têm importância para a saúde dos ecossistemas. Proteger essas espécies exige olhar atento, políticas públicas eficazes e envolvimento da sociedade local.

Barbados agora tem a oportunidade de transformar a história dessa serpente em um marco de conservação. Preservar as áreas onde ela sobrevive, impedir o avanço da urbanização sobre os habitats remanescentes e ampliar os estudos científicos são os caminhos para garantir um futuro mais equilibrado para o país e sua fauna.

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