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O campo de Marte foi o primeiro aeroporto do Estado de São Paulo | Reprodução/YouTube
O Campo de Marte, localizado na zona norte de São Paulo, é conhecido como o primeiro aeroporto do estado de São Paulo e um dos principais marcos da aviação brasileira.
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Inaugurado oficialmente em 1929, o local impulsionou o desenvolvimento da aviação civil e militar, abrigando escolas de pilotagem e exposições aeronáuticas.
Seu nome, inspirado no deus romano da guerra, reflete o espírito pioneiro de uma época em que voar ainda era sinônimo de aventura e risco.
Ao longo de quase um século, o Campo de Marte acompanhou o crescimento da cidade e testemunhou a evolução da aviação brasileira.
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Hoje, funciona como base da Força Aérea Brasileira (FAB) e abriga escolas de aviação, hangares privados e o Museu da Aeronáutica, preservando a memória do voo no país.
Mais do que uma simples pista de pouso, representa o início de uma era de transformação tecnológica e econômica em São Paulo.
Quando foi criado, o Campo de Marte marcou uma nova fase para a infraestrutura paulista. Antes dele, a aviação no estado operava em campos improvisados.
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Sua inauguração simbolizou o primeiro esforço institucional para consolidar o transporte aéreo como parte da modernização do País.
Muitos dos primeiros pilotos do Brasil realizaram seus voos de treinamento ali, e empresas aéreas iniciaram operações experimentais no local.
Durante as décadas de 1930 e 1940, o aeroporto se tornou estratégico para a Força Pública e o Exército, principalmente durante a Revolução Constitucionalista de 1932.
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Nessa época, funcionou como base de decolagem para aeronaves destinadas às missões paulistas, destacando sua importância tática e logística para o Estado.
Com o crescimento de São Paulo, outros aeroportos surgiram, como Congonhas (1936) e Guarulhos (1985), mas o Campo de Marte manteve papel essencial na aviação executiva e na formação de novos pilotos.
Suas instalações passaram por modernizações, adaptando-se às regras da ANAC e recebendo melhorias em pista, hangares e controle de tráfego aéreo.
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Além da atividade aérea, o Campo de Marte abriga feiras aeronáuticas, apresentações da Esquadrilha da Fumaça e exposições históricas que atraem turistas e entusiastas.
É considerado um patrimônio vivo da aviação, com a presença de nomes importantes como Alberto Santos Dumont e Henrique Lage, defensores da aviação como símbolo de progresso.
Desde meados do século XX, o Campo de Marte abriga a base aérea da FAB, responsável por treinamentos e operações de defesa do espaço aéreo nacional.
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A presença militar garantiu a preservação do campo, mantendo-o estratégico em meio ao crescimento urbano. O espaço também recebeu instituições de ensino ligadas à aviação, formando mecânicos, controladores e pilotos civis e militares.
O Centro de Lançamento de Meteorologia e o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) atuaram no local, desenvolvendo tecnologias de monitoramento e segurança de voo.
Essas atividades reforçam o caráter educacional do Campo de Marte, que vai além da operação aérea, abrangendo pesquisa e inovação.
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Pouca gente sabe que o Campo de Marte chegou a ser cogitado como sede do aeroporto internacional de São Paulo antes da escolha por Cumbica, em Guarulhos.
Outro fato curioso é que sua pista original era de grama e areia, sendo uma das primeiras do país a receber pavimentação para suportar aeronaves maiores. Hoje, o aeroporto concentra uma das maiores frotas de helicópteros da América Latina, reflexo da intensa vida corporativa da capital.
O Campo de Marte também foi cenário de gravações cinematográficas e grandes eventos públicos, como desfiles da Aeronáutica e comemorações cívicas.
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Mesmo com o avanço urbano, permanece como um dos últimos grandes campos abertos da cidade, lembrando aos paulistanos o tempo em que voar era um sonho que começava no coração da metrópole.
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