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Mais do que nomes no crédito, este elenco representa décadas de construção artística no Brasil. São profissionais que ajudaram a moldar a cultura nacional em palcos, sets de filmagem, estúdios e arenas populares. A diversidade de linguagens e experiências transforma o projeto em um encontro raro entre memória, presente criativo e resistência cultural.

Atores que carregam histórias do palco e da vida

O núcleo de atores reúne intérpretes reconhecidos por sua atuação no teatro, no cinema e na televisão, muitos deles com carreiras iniciadas ainda nas décadas mais vibrantes da produção cultural brasileira. Cada presença carrega não apenas técnica, mas repertório emocional.

Marcos de Oliveira, Rui Resende, Jaime Leibovitch, Leonardo Thire, Marcelino Buru e Sonia Zagury compõem uma frente interpretativa marcada pela solidez e pela versatilidade. São artistas que transitam com naturalidade entre diferentes estéticas e públicos.

Essa reunião de atores não busca apenas representar personagens, mas materializar experiências de vida transformadas em arte. O resultado é uma atuação carregada de sentido, memória e verdade cênica.

Atrizes, dançarinas e circenses que reinventam o corpo em cena

O elenco feminino amplia o alcance expressivo do projeto ao integrar dança, circo e performance. Iris Bruzzi, Claire Digon, Maria da Conceição Costa Pacheco e Morita levam ao público corpos narrativos, que contam histórias sem depender apenas da palavra.

Circenses como Lourival, Piucha e Amarildo da Cruz trazem para cena a tradição popular do picadeiro, conectando o espetáculo à cultura de rua e ao riso como linguagem ancestral. Cada movimento dialoga com o imaginário coletivo brasileiro.

Já as bailarinas e performers, como Sueli Gregory, unem técnica e emoção, criando uma camada poética que amplia a experiência do espectador e reforça o caráter plural da obra.

Produção e direção que sustentam a criação

Por trás e ao redor do palco, produtores como Vera Mariângela Giannotti, Rita Maia, Vera Moraes e Marilda Perroy garantem que a arte aconteça com estrutura, cuidado e continuidade. A direção de Osvaldo Sargentelli Filho conduz esse conjunto com sensibilidade histórica e visão artística, equilibrando homenagens ao passado com linguagem contemporânea. O resultado é um projeto que se sustenta tanto pela emoção quanto pela organização, transformando diversidade em unidade criativa.

Este encontro entre gerações e linguagens qualifica a produção como símbolo da resistência cultural e renovação artística, reinventando o palco e celebrando trajetórias que constroem a cultura brasileira.

O formato plural e memorial desse trabalho remete a iniciativas como Peça O Ninho, um recado da raiz, que também busca reconectar histórias de vida com memória coletiva. Ao mesmo tempo reafirma a relevância de espaços culturais reativados, como o Teatro Cultura Artística reabre após 16 anos para receber espetáculos de múltiplas linguagens.