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Deixar uma criança passando frio na rua parece muita maldade para nós, mas em alguns países nórdicos, é comum | Imagem gerada por IA
Em cada canto do mundo, diferentes povos e sociedades apresentam diversos hábitos e costumes. Muitas vezes, alguns desses hábitos e tradições não fazem o menor sentido para o nosso estilo de vida, o que nos faz questionar a origem de ideias tão "malucas".
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Para algo ser estabelecido como tradição, é necessário um longo período para que o hábito se torne um padrão. Se quisermos compreender a origem de um costume, é preciso estudar a fundo os aspectos sociais e antropológicos de um grupo, pois essas tradições são valores sociais e éticos.
Tais costumes são responsáveis por moldar a conduta das pessoas dentro da sociedade. Pensando nisso, surge a curiosidade em relação à maneira como alguns pais tratam seus filhos ao redor do mundo, revelando práticas fascinantes e inesperadas.
Na Armênia, um ritual peculiar prevê as carreiras profissionais de bebês. Assim que os primeiros dentes despontam, as mães colocam diversos brinquedos na frente de seus filhos. O primeiro item que a criança demonstra interesse serve como um presságio para seu futuro.
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Um livro, por exemplo, geralmente representa um estudioso, enquanto o dinheiro simboliza um banqueiro. Uma faca, por sua vez, prevê que a criança pode se tornar um chefe de cozinha. Se já é difícil escolher uma carreira aos 18, imagine ter que decidir quando se ainda é bebê.
Você teria coragem de cuspir no seu próprio bebê? Na Grécia, essa atitude é uma tradição, pois eles afirmam que cuspir nos recém-nascidos os protege de espíritos ruins, espanta a má sorte e o mau-olhado. Esta prática milenar visa a proteção espiritual.
Essa tradição também acontece em dois países africanos. O povo da Mauritânia acredita que a saliva tem o poder de preservar palavras e cospem nos recém-nascidos para que as bênçãos "grudem" nas crianças. As mães cospem no rosto e os pais nos ouvidos, espalhando a saliva pela cabeça para uma vida plena.
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Na Nigéria, quando um novo membro chega à família, todos se reúnem na casa do ancião. O melhor orador masca uma pimenta e cospe na boca da pequena criança. Dessa maneira, acredita-se que ela herdará as habilidades com as palavras, tornando-se um ótimo orador.
Em Bali, Indonésia, ocorrem algumas tradições envolvendo placentas, o que para nossa cultura pode ser estranho e até um pouco "nojento" de se imaginar. O povo da ilha acredita que a placenta é um espírito do bem que ajuda a cuidar do bebê enquanto ele está na barriga da mãe.
Após o parto, como forma de homenagem e agradecimento a esse espírito, os pais da criança enterram a placenta em algum lugar especial, com um ritual religioso. No mundo selvagem, algumas fêmeas comem a placenta para absorver nutrientes e hormônios.
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Aparentemente, a medicina da China, Jamaica e alguns lugares da Índia acreditam que esse hábito também pode ser saudável para humanos. Eles sugerem que comer a placenta (preparada) pode reduzir o estresse e diminuir riscos de depressão pós-parto. No entanto, cientistas alertam que o cozimento pode reduzir os benefícios.
Deixar uma criança passando frio na rua parece muita maldade para nós, mas em alguns países nórdicos, é comum que os pais deixem seus filhos em carrinhos de bebê fora de restaurantes, bares ou no quintal de casa em dias frios de inverno. Não há intenção de castigar.
Pelo contrário, eles acreditam que as crianças, ao ficarem expostas por um pequeno período a baixas temperaturas, se mantêm mais aptas e resistentes a doenças. Já na América Central, na cultura Maia, as mães tinham a tradição de mergulhar recém-nascidos em águas geladas.
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Além de também acreditarem que a resistência do bebê aumentaria, o verdadeiro motivo desse ritual era que o banho congelante trouxesse bem-estar aos pequenos, garantindo um "sono dos deuses". Isso demonstra diferentes visões sobre o cuidado infantil e a natureza.
Nas zonas rurais da China e da Índia, crianças de apenas seis meses já começam a deixar suas fraldas de lado. No Brasil, a média para parar de usar fraldas é por volta dos dois anos de idade, uma diferença considerável, especialmente pensando nos custos das fraldas.
Quando deixam de usar a fralda, as crianças passam a usar uma calça com um grande rasgo nas partes baixas, permitindo que elas se aliviem quando e onde quiserem. Durante os primeiros meses, os pais as ajudam, segurando os bebês pelo braço enquanto se equilibram sobre o vaso sanitário.
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O mesmo acontece no Vietnã. Quando as crianças vietnamitas mostram sinais de que querem fazer xixi, suas mães fazem um som como um assobio. Por volta dos nove meses de idade, as crianças são capazes de relacionar esse som ao ato de urinar e aprendem a ir ao banheiro sozinhas.
Quase todo mundo se depara com um bebezinho fofo e não consegue segurar a vontade de fazer um carinho. No entanto, os Manchus, minoria étnica na China, têm uma maneira um tanto estranha de demonstrar amor e carinho: fazem cócegas nos genitais das crianças.
É claro que o ato não tem nenhuma intenção sexual. Mas, curiosamente, os Manchus consideram os beijos inocentes na bochecha como atos sexuais, mesmo quando dados em um membro da família ou em uma criança. Por isso, pais e mães manchus nunca beijam o rosto dos filhos.
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Já durante a gravidez, as mulheres na China enfrentam uma série de proibições incomuns e surpreendentes. Elas não devem fofocar, rir muito alto, ficar com raiva ou ter maus pensamentos. Também nunca devem sentar em uma cadeira torta, senão a criança pode nascer deformada.
Em uma tribo do Camboja, quando uma garota atinge uma certa idade, seus pais a presenteiam com uma cabana afastada da casa principal. Este "puxadinho" tem um propósito bem diferente do que conhecemos no Brasil. São as famosas "cabanas de amor".
Elas são construídas pelos pais para que suas filhas adolescentes possam ter privacidade e um local para desfrutar de "todo o sexo que elas quiserem". Dentro das tradições dessa cultura, as jovens são incentivadas a ter relações sexuais com o maior número de rapazes possível.
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Isso aumenta suas chances de encontrar um marido, sem sofrer preconceito ou julgamento, como infelizmente ainda acontece por aqui. A garota que se interessa por um rapaz se sente totalmente à vontade para convidá-lo a passar uma noite a sós em seu chalé particular, que pode ou não resultar em sexo.
Contudo, se o clima estiver favorável, o garoto tem que ir embora da cabana antes que o sol comece a nascer. Jovens de sexos opostos não estão autorizados a serem vistos juntos em público, somente depois de se tornarem oficialmente um casal. Os meninos respeitam a autoridade das garotas dentro de sua cabana.
Quem decide se vai ou não vai acontecer algo são elas. Apesar desse grande número de relações íntimas, existem pouquíssimos casos de violência doméstica e relatos de estupro. Isso mostra um respeito cultural profundo, diferente de muitas outras sociedades.
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