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Cratera de asteroide que atingiu a Terra há 789 mil anos é localizada

Diversos sinais apontam colisão violenta vinda do espaço

Jenny Perossi

25/11/2025 às 23:59

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O asteroide espalhou detritos ao redor do globo

O asteroide espalhou detritos ao redor do globo | Imagem: Domínio público

Pesquisadores do Observatório da Terra de Singapura conseguiram identificar onde um imenso asteroide atingiu a superfície do planeta a aproximadamente 789 mil anos atrás. 

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Laos é um país isolado que esconde paisagens de tirar o fôlego. Imagem: Basile Morin/Wikimedia Commons
Laos é um país isolado que esconde paisagens de tirar o fôlego. Imagem: Basile Morin/Wikimedia Commons
Mapa com o local estimado da queda do asteroide. Imagem: Sieh et al, Proceedings of the National Academy of Sciences 2023
Mapa com o local estimado da queda do asteroide. Imagem: Sieh et al, Proceedings of the National Academy of Sciences 2023
O asteroide espalhou detritos ao redor do globo. Imagem: Domínio público
O asteroide espalhou detritos ao redor do globo. Imagem: Domínio público

O asteroide atingiu a terra onde hoje fica o Laos, país do sudeste asiatico. Os cientistas já possuíam diversas evidências da queda de um asteróide na Ásia, mas só agora conseguiram entender com precisão o local do impacto.

Sinais do asteróide 

O impacto aconteceu em Bolavem, uma montanha no sul do Laos, mas os sinais da queda estão espalhados por todo o globo.

Com a imensa energia liberada na queda, rochas cristalizadas negras chamadas de tectites se espalharam até a África, em Madagascar, na Antártida e até na Austrália. 

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Os pesquisadores passaram décadas reunindo essas pequenas evidências, já que com o passar dos anos os vestígios são apagados pelos processos geológicos da própria Terra.

Região difícil

O local do impacto permaneceu escondido por tanto tempo por uma combinação de fatores. O planalto Bolaven fica encoberto por uma densa floresta tropical. O Laos também compôs o chamado “segundo mundo” durante a Guerra Fria, o que dificultou o contato com os países capitalistas.

Até mesmo guerras atrapalharam a descoberta. Segundo relata Kerry Sieh, da Universidade Tecnológica de Nanyang, “munições não detonadas dificultaram o trabalho de campo por décadas”.

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Foi juntando pistas com o tempo que os pesquisadores perceberam que as tectites são encontradas em concentração muito maior no Campo Vulcânico de Bolaven. O mistério finalmente fora resolvido.

Para que servem?

Asteroides são mesmo objetos intrigantes. Enquantos alguns se preocupam com uma possível colisão, a Nasa e bilionários do mundo todo já estão de olho nos recursos naturais que a mineração de um deles pode oferecer.

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