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Criatura que pode grudar em mergulhadores tem veneno mil vezes mais letal que o cianeto

Mergulhador australiano encontra um dos animais mais venenosos do mundo escondido em seu equipamento

Leonardo Sandre

28/10/2025 às 09:10  atualizado em 28/10/2025 às 09:42

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Polvo-de-anéis-azuis tem veneno mil vezes mais forte que o cianeto e pode matar em minutos

Polvo-de-anéis-azuis tem veneno mil vezes mais forte que o cianeto e pode matar em minutos | Wikimedia Commons

Um mergulhador australiano viveu um susto digno de filme ao encontrar um animal exótico: polvo-de-anéis-azuis — uma das criaturas mais venenosas do oceano — dentro de seu equipamento de mergulho. O caso aconteceu na costa de Perth, na Austrália Ocidental, em 2023.

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A mordida do animal é quase indolor, mas o veneno age rapidamente, paralisando os músculos e dificultando a respiração. Foto: Wikimedia Commons
A mordida do animal é quase indolor, mas o veneno age rapidamente, paralisando os músculos e dificultando a respiração. Foto: Wikimedia Commons
Em casos graves, a vítima pode morrer de insuficiência respiratória antes mesmo de perceber o que aconteceu. Foto: Wikimedia Commons
Em casos graves, a vítima pode morrer de insuficiência respiratória antes mesmo de perceber o que aconteceu. Foto: Wikimedia Commons

Mat Rogerson, que costuma praticar mergulho de snorkel para limpar o lixo subaquático, só percebeu o perigo quando já estava em casa, lavando sua roupa e acessórios de mergulho. Foi nesse momento que o pequeno animal surgiu entre os equipamentos.

O encontro inesperado com o polvo mortal

Segundo o próprio Rogerson, ele havia recolhido objetos do fundo do mar durante o mergulho — entre eles, um snorkel preto e uma bola de borracha com um furo. O polvo, segundo ele acredita, estava escondido em meio a esse material.

“Não senti a picada, mas agora li que a picada é indolor”, escreveu em uma postagem feita no Facebook em 21 de outubro. “Serei muito mais cuidadoso com o que coloco dentro da minha roupa de mergulho no futuro.”

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Após o susto, o mergulhador levou a pequena criatura de volta à praia, em segurança. A história viralizou e serviu de alerta para outros amantes do mar.

Um animal pequeno, bonito e letal

De acordo com especialistas do Museu de História Natural de Londres, o polvo-de-anéis-azuis chama a atenção pela aparência “adoravelmente pequena e instagramável”. No entanto, o perigo é proporcional ao encanto: ele é “excepcionalmente mortal”.

Esses polvos vivem em recifes de corais e áreas rochosas dos oceanos Pacífico e Índico, e também podem ser encontrados em poças de maré e bancos de algas. Quando se sentem ameaçados, exibem anéis azuis brilhantes por todo o corpo — um aviso visual de que estão prontos para atacar.

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Veneno mais forte que o cianeto

Os especialistas explicam que o polvo excreta uma toxina chamada tetrodotoxina, produzida em suas glândulas salivares. Essa substância é “mais de mil vezes mais tóxica que o cianeto” e pode matar um ser humano em poucos minutos.

A mordida é quase indolor, mas o veneno age rapidamente, paralisando os músculos e dificultando a respiração. Em casos graves, a vítima pode morrer de insuficiência respiratória antes mesmo de perceber o que aconteceu.

O alerta dos especialistas

Por causa do tamanho diminuto — normalmente menor que uma bola de golfe —, o polvo-de-anéis-azuis costuma passar despercebido. Essa combinação de aparência inofensiva e letalidade extrema faz dele um dos animais mais perigosos do oceano.

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Veja os principais perigos do encontro com essa espécie:

  • Veneno até 1.000 vezes mais potente que o cianeto;
  • Mordida quase indolor, mas de ação imediata;
  • Paralisia muscular e risco de parada respiratória;
  • Presente em áreas costeiras e recifes do Pacífico e Índico.

O cianeto é uma substância química extremamente tóxica que pode matar em poucos minutos se for ingerida, inalada ou absorvida pela pele em quantidade suficiente.

Por isso, especialistas recomendam evitar o contato direto com qualquer animal marinho desconhecido, mesmo que pareça inofensivo. O ideal é observar à distância e avisar autoridades ambientais, caso seja necessário.

Repercussão nas redes sociais

O relato de Rogerson rapidamente repercutiu entre mergulhadores e curiosos. “Foi uma decisão difícil e uma boa lição para todos”, comentou um usuário. Outro foi mais direto: “Prefiro ser mordido por um tubarão do que por aquela coisa”.

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Entre os comentários, houve também quem ironizasse a situação: “Você conseguiu limpar o oceano, ajudar um polvo e não morrer de forma interessante, mas inesperada, tudo em uma ou duas horas!”.

O susto que virou lição

Apesar do risco, Rogerson escapou ileso. Sua experiência serve de alerta para quem pratica mergulho recreativo ou coleta lixo em áreas costeiras: é essencial verificar o equipamento e os objetos recolhidos antes de manuseá-los.

Como ele mesmo concluiu, a curiosidade e a beleza dos oceanos vêm acompanhadas de riscos invisíveis — e o cuidado pode ser a diferença entre uma boa história e um acidente fatal.

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