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Polvo-de-anéis-azuis tem veneno mil vezes mais forte que o cianeto e pode matar em minutos | Wikimedia Commons
Um mergulhador australiano viveu um susto digno de filme ao encontrar um animal exótico: polvo-de-anéis-azuis — uma das criaturas mais venenosas do oceano — dentro de seu equipamento de mergulho. O caso aconteceu na costa de Perth, na Austrália Ocidental, em 2023.
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Mat Rogerson, que costuma praticar mergulho de snorkel para limpar o lixo subaquático, só percebeu o perigo quando já estava em casa, lavando sua roupa e acessórios de mergulho. Foi nesse momento que o pequeno animal surgiu entre os equipamentos.
Segundo o próprio Rogerson, ele havia recolhido objetos do fundo do mar durante o mergulho — entre eles, um snorkel preto e uma bola de borracha com um furo. O polvo, segundo ele acredita, estava escondido em meio a esse material.
“Não senti a picada, mas agora li que a picada é indolor”, escreveu em uma postagem feita no Facebook em 21 de outubro. “Serei muito mais cuidadoso com o que coloco dentro da minha roupa de mergulho no futuro.”
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Após o susto, o mergulhador levou a pequena criatura de volta à praia, em segurança. A história viralizou e serviu de alerta para outros amantes do mar.
De acordo com especialistas do Museu de História Natural de Londres, o polvo-de-anéis-azuis chama a atenção pela aparência “adoravelmente pequena e instagramável”. No entanto, o perigo é proporcional ao encanto: ele é “excepcionalmente mortal”.
Esses polvos vivem em recifes de corais e áreas rochosas dos oceanos Pacífico e Índico, e também podem ser encontrados em poças de maré e bancos de algas. Quando se sentem ameaçados, exibem anéis azuis brilhantes por todo o corpo — um aviso visual de que estão prontos para atacar.
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Os especialistas explicam que o polvo excreta uma toxina chamada tetrodotoxina, produzida em suas glândulas salivares. Essa substância é “mais de mil vezes mais tóxica que o cianeto” e pode matar um ser humano em poucos minutos.
A mordida é quase indolor, mas o veneno age rapidamente, paralisando os músculos e dificultando a respiração. Em casos graves, a vítima pode morrer de insuficiência respiratória antes mesmo de perceber o que aconteceu.
Por causa do tamanho diminuto — normalmente menor que uma bola de golfe —, o polvo-de-anéis-azuis costuma passar despercebido. Essa combinação de aparência inofensiva e letalidade extrema faz dele um dos animais mais perigosos do oceano.
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Veja os principais perigos do encontro com essa espécie:
O cianeto é uma substância química extremamente tóxica que pode matar em poucos minutos se for ingerida, inalada ou absorvida pela pele em quantidade suficiente.
Por isso, especialistas recomendam evitar o contato direto com qualquer animal marinho desconhecido, mesmo que pareça inofensivo. O ideal é observar à distância e avisar autoridades ambientais, caso seja necessário.
O relato de Rogerson rapidamente repercutiu entre mergulhadores e curiosos. “Foi uma decisão difícil e uma boa lição para todos”, comentou um usuário. Outro foi mais direto: “Prefiro ser mordido por um tubarão do que por aquela coisa”.
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Entre os comentários, houve também quem ironizasse a situação: “Você conseguiu limpar o oceano, ajudar um polvo e não morrer de forma interessante, mas inesperada, tudo em uma ou duas horas!”.
Apesar do risco, Rogerson escapou ileso. Sua experiência serve de alerta para quem pratica mergulho recreativo ou coleta lixo em áreas costeiras: é essencial verificar o equipamento e os objetos recolhidos antes de manuseá-los.
Como ele mesmo concluiu, a curiosidade e a beleza dos oceanos vêm acompanhadas de riscos invisíveis — e o cuidado pode ser a diferença entre uma boa história e um acidente fatal.
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