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Saiba por que você nunca deve usar o emoji de joinha sozinho

Mesmo visto por muitos como um símbolo de aprovação, o emoji ganhou novas interpretações e pode soar frio ou até rude em conversas digitais

Raphael Miras

19/08/2025 às 14:13

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Descubra a seguir por que o emoji perdeu sua neutralidade e como diferentes gerações interpretam esse gesto nas redes sociais, evitando gafes digitais.

Descubra a seguir por que o emoji perdeu sua neutralidade e como diferentes gerações interpretam esse gesto nas redes sociais, evitando gafes digitais. | Reprodução IA

O emoji de joinha, antes um símbolo universal de "ok" ou aprovação, sofreu uma drástica mudança de significado na comunicação digital.

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Atualmente, esse ícone popular pode ser interpretado de forma negativa, especialmente por usuários mais jovens, transformando um gesto simples em algo frio ou até passivo-agressivo.

Originalmente, o emoji de joinha surgiu como um gesto de aprovação universal, rapidamente incorporado às plataformas digitais. No Facebook, ele se tornou o icônico símbolo de "curtir" publicações, consolidando seu sentido positivo e popularidade globalmente. (Foto: Freepik/mamewmy)
Originalmente, o emoji de joinha surgiu como um gesto de aprovação universal, rapidamente incorporado às plataformas digitais. No Facebook, ele se tornou o icônico símbolo de "curtir" publicações, consolidando seu sentido positivo e popularidade globalmente. (Foto: Freepik/mamewmy)
As gerações mais velhas, como Boomers e Millennials, ainda consideram o joinha um símbolo prático, educado e direto na web. Para eles, o emoji é "normal", sendo frequentemente usado em contextos pessoais e profissionais com um sentido claro de aprovação e aceitação. (Foto: Reprodução IA)
As gerações mais velhas, como Boomers e Millennials, ainda consideram o joinha um símbolo prático, educado e direto na web. Para eles, o emoji é "normal", sendo frequentemente usado em contextos pessoais e profissionais com um sentido claro de aprovação e aceitação. (Foto: Reprodução IA)
Entretanto, existe um notável "choque de leitura" entre as gerações. Enquanto os mais velhos veem o emoji como positivo, a Geração Z, composta por jovens e adolescentes, interpreta seu uso como algo "grosso" ou "rude". (Foto: Reprodução IA)
Entretanto, existe um notável "choque de leitura" entre as gerações. Enquanto os mais velhos veem o emoji como positivo, a Geração Z, composta por jovens e adolescentes, interpreta seu uso como algo "grosso" ou "rude". (Foto: Reprodução IA)
Durante a pandemia, a jornalista Anna Castro descobriu na prática como o emoji de joinha pode ser mal interpretado: ao usá-lo para encerrar uma conversa, acabou sendo vista como fria e agressiva pelo interlocutor. (Foto: Reprodução IA)
Durante a pandemia, a jornalista Anna Castro descobriu na prática como o emoji de joinha pode ser mal interpretado: ao usá-lo para encerrar uma conversa, acabou sendo vista como fria e agressiva pelo interlocutor. (Foto: Reprodução IA)

Em plataformas como WhatsApp e Instagram, o clássico polegar para cima agora ocupa uma "zona de desconforto digital". A intenção original nem sempre é percebida da mesma maneira, gerando mal-entendidos e, por vezes, a sensação de grosseria em interações online.

Diante dessa transformação, entender as nuances do joinha é crucial para uma comunicação eficaz. Descubra a seguir por que o emoji perdeu sua neutralidade e como diferentes gerações interpretam esse gesto nas redes sociais, evitando gafes digitais.

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Como o joinha virou um problema

Originalmente, o emoji de joinha surgiu como um gesto de aprovação universal, rapidamente incorporado às plataformas digitais. No Facebook, ele se tornou o icônico símbolo de "curtir" publicações, consolidando seu sentido positivo e popularidade globalmente.

Contudo, ao longo do tempo, o mesmo emoji passou por significativas transformações em seu significado e uso nas interações virtuais. Para os internautas mais jovens, especialmente a Geração Z, o joinha começou a adquirir um sentido negativo, gerando novas interpretações.

A Geração Z, nascida entre meados da década de 1990 e 2010, passou a ver o emoji como "frio", "seco" ou "mal-humorado". Isso ocorre principalmente em respostas curtas, seja em conversas informais ou no ambiente de trabalho. Dependendo do contexto, pode ser interpretado até como debochado.

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Um "ok (com cara feliz)" ainda é visto como uma interação positiva, enquanto um simples "ok (com joinha)" pode soar mais ríspido para essa parcela dos usuários. Inclusive, há jovens que comparam o emoji a uma sensação de "fim de conversa", como se a pessoa não quisesse mais papo.

Choque de gerações no mundo digital

As gerações mais velhas, como Boomers e Millennials, ainda consideram o joinha um símbolo prático, educado e direto na web. Para eles, o emoji é "normal", sendo frequentemente usado em contextos pessoais e profissionais com um sentido claro de aprovação e aceitação.

Entretanto, existe um notável "choque de leitura" entre as gerações. Enquanto os mais velhos veem o emoji como positivo, a Geração Z, composta por jovens e adolescentes, interpreta seu uso como algo "grosso" ou "rude".

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Como resultado, os jovens tendem a optar por emojis mais sutis ou expressivos para se comunicar. Ícones mais sutis ou expressivos são exemplos de alternativas que a Geração Z prefere para transmitir suas mensagens de forma mais amigável e contextualmente adequada.

Uma história real: o joinha que deu errado

A jornalista Anna Castro viveu um episódio revelador durante a pandemia de 2020. Após três dias sem resposta de um rapaz com quem mantinha uma "conexão muito intensa", ela decidiu responder com um simples joinha ao retorno dele.

Sua intenção era clara: "ok, recebi", mas "sem abrir espaço pra conversa", explica Anna. No entanto, o emoji gerou um transtorno inesperado. O rapaz "surtou", ligando e enviando áudios desesperados, achando que Anna estava terminando tudo.

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Ele alegou que o emoji foi "frio", "agressivo" e que "ele sentiu como se eu tivesse mandado um ‘tô nem aí pra você’". Anna, chocada, afirmou: "Eu realmente não achava que era algo ofensivo".

A partir dessa experiência, Anna começou a repensar sua comunicação digital. Ela concluiu que "o que parece inofensivo pra você pode ser interpretado como desprezo pelo outro", demonstrando o poder de um simples ícone.

O que os usuários pensam sobre o joinha

Para entender a percepção atual do emoji, o TechTudo realizou uma enquete no Instagram. Os resultados mostraram que, apesar de ainda popular, o joinha desperta interpretações bem distintas e nem sempre positivas entre os internautas.

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Quando perguntado se usam o joinha nas conversas, 48% responderam "sempre", 43% "de vez em quando" e apenas 9% "nunca". Isso indica que, embora popular, o emoji já não é uma unanimidade na comunicação.

Ao questionar sobre a escolha de um emoji para encerrar uma conversa neutra, 40% ainda optaram pelo próprio emoji. Contudo, 27% disseram que não usariam emoji algum, 24% preferiram uma carinha feliz e 9% votaram em uma mão acenando, mostrando a busca por alternativas.

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O impacto emocional de receber apenas um joinha como resposta revelou um certo desconforto. Enquanto 51% acham "tudo bem", 32% afirmam que "depende do contexto" e 17% consideram a resposta "rude".

Esses dados reforçam que, apesar do uso prático por muitos, uma parcela significativa de usuários percebe nuances no joinha. O símbolo, outrora positivo, agora habita uma "zona cinza" da comunicação digital, onde intenção e contexto são cruciais.

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