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O cupulate possui preparação orgânica e não contém aromatizantes | Imagem: Zacharie Grossen/Wikimedia Commons
Um novo doce, tipicamente brasileiro, chega aos mercados. Trata-se do cupulate, semelhante ao chocolate, mas feito com o cupuaçu no lugar do cacau.
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A alternativa é bastante semelhante ao chocolate convencional, mas quebra mais facilmente, e possui uma textura aveludada que derrete na boca mais lentamente. O sabor é até parecido, mas notas mais cítricas e amadeiradas confundem o paladar.
Uma barra de chocolate com cupuaçu chegou a ser premiada pela Taste Atlas como um dos melhores do mundo. Conheça melhor essa especiaria amazônica que faz cada vez mais sucesso.
O nome do chocolate feito a base de cupuaçu foi definido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O fruto é “primo” do cacau, os dois pertencem ao gênero Theobroma.
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Uma pesquisa publicada pela Communications Earth & Environment mostrou que o cupuaçu já era domesticado por indígenas da Amazônia a mais de 8 mil anos, mas a patente do cupulate no Embrapa veio apenas nos anos 1990.
Diferente da alternativa convencional, o chocolate de cupuaçu é de preparação orgânica, não possui aromatizantes ou flavorizantes, nem cafeína e teobromina.
O cupulate está disputando espaço no mercado de doces, mas para César de Mendes, o produto precisa trazer uma personalidade própria, e não tentar passar como chocolate.
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"Você coloca (um produto como esse) no mercado, e as pessoas tendem a comparar com o chocolate", explica ele para a BBC. "Então, não tinha estímulo nenhum para fazer”.
Foi quando tomou uma xícara de cupulate numa visita à associação de mulheres agroextrativistas Amabela, no município de Belterra, que percebeu que o doce pode ser tão saboroso que até substitui o chocolate convencional.
Pediu então para conhecer o segredo do preparo milenar das agroextrativistas para comercializar. A história ilustra como os saberes tradicionais da floresta podem trazer valor para a Amazônia de pé.
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Tanto que Mendes foi convidado para integrar o plano Amazônia 4.0, de um grupo de cientistas que buscam agregar valor aos produtos típicos da Amazônia. “Conheço a cadeia, conheço as comunidades, produzo. Conheço a floresta, por isso me chamaram”, afirma Mendes.
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