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A estrutura está localizada em Anda, na província de Heilongjiang, na China | Freepik
Chineses descobriram o que pode ter sido uma das câmaras de tortura mais horríveis já identificadas. Pesquisadores encontraram instrumentos de contenção, portas blindadas, câmaras sem ventilação e vestígios de experiências que indicam práticas brutais.
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O achado foi feito em Harbin, no nordeste do país, e revelou um bunker, onde prisioneiros eram mantidos em total escuridão e isolamento. Tudo isso ligado à infame Unidade 731, um programa militar japonês ativo durante a Segunda Guerra Mundial.
Criada pelo Exército Imperial Japonês em 1936, a Unidade 731 operava sob o disfarce de um centro de pesquisa médica.
Na prática, porém, era um campo de experimentação humana que testava armas biológicas, vírus e agentes químicos em milhares de prisioneiros - incluindo civis, soldados e até crianças.
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A estrutura agora revelada mede cerca de 30 metros de extensão e está protegida por paredes espessas de concreto, com passagens estreitas e reforços metálicos. Os arqueólogos acreditam que esse bunker fazia parte de uma rede maior de instalações, ainda não completamente mapeada.
Por décadas, essa parte da história ficou escondida, tanto fisicamente quanto nos registros oficiais.
Com as novas escavações, especialistas esperam trazer à tona mais evidências dos horrores cometidos, estima-se que mais de 12 mil pessoas passaram por essas situações aterrorizantes, segundo o portal finlandês Historianet.
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A estrutura está localizada em Anda, na província de Heilongjiang, na China. O espaço mede cerca de 660 m², formada por um labirinto de câmaras e corredores, incluindo uma sala em formato de U com 33 metros de comprimento por 20 metros de largura.
Foi construído em 1941 e teria sido o maior laboratório de testes humanos da unidade japonesa. Com base em documentos descobertos anteriormente, os arqueólogos sabem que as vítimas foram expostas a doenças mortais, armas químicas e temperaturas extremas.
Os relatos apontam que os testes atingiram principalmente civis chineses e russos.
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Apesar das atrocidades, cientistas japoneses ligados à unidade escaparam da justiça depois da guerra, após um acordo com os americanos. Os Estados Unidos garantiram imunidade aos envolvidos em troca dos dados obtidos nos testes.
Eles usaram essas informações no desenvolvimento de armas químicas durante a Guerra Fria.
Provas que podem trazer justiça. Para os arqueólogos, o bunker recém-descoberto pode trazer evidências inéditas sobre a dimensão das ações da Unidade 731.
As autoridades esperam que a estrutura ajude a manter viva a memória das vítimas e a pressionar por justiça histórica.
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