A+

A-

Alternar Contraste

Quarta, 16 Julho 2025

Buscar no Site

x

Entre em nosso grupo

2

WhatsApp
Home Seta Gazeta Mais Seta

Curiosidades

São Miguel do Gostoso: a cidade brasileira que tem uma moeda própria

Como a moeda Gostoso ajuda a fortalecer o comércio local de São Miguel do Gostoso

Marcos Ferreira

16/07/2025 às 15:54

Continua depois da publicidade

Compartilhe:

Facebook Twitter WhatsApp Telegram
Moeda própria aquece o comércio local

Moeda própria aquece o comércio local |

A moeda própria de São Miguel do Gostoso, conhecida como “Gostoso”, foi criada em 2013 com o objetivo de fortalecer a economia local e promover o nome da cidade de maneira criativa.

Continua depois da publicidade

O nome, além de chamar a atenção pela originalidade, foi escolhido justamente como uma estratégia para divulgar o município potiguar, famoso por suas belezas naturais e clima acolhedor.

Com uma equivalência direta ao real, cada Gostoso vale 1 real , a moeda circula entre moradores e turistas, incentivando o consumo local e a valorização da cultura regional.

Desde que começou a circular, o “Gostoso” se tornou mais do que uma alternativa de pagamento. Ele passou a simbolizar pertencimento, estímulo ao comércio justo e até mesmo uma experiência turística diferenciada.

Continua depois da publicidade

Inspirada em modelos de economia solidária de outras regiões do país, a iniciativa potiguar demonstra como ideias simples podem gerar impactos duradouros e positivos em comunidades que desejam crescer sem perder sua essência.

Criada em 2013, com nome pensado para atrair atenção

A criação da moeda “Gostoso” surgiu em 2013, como parte de um movimento coletivo entre comerciantes, moradores e representantes comunitários de São Miguel do Gostoso.

O modelo foi inspirado em outras moedas sociais brasileiras, como o “Palmas” (Fortaleza-CE), mas com um toque regional especial: o nome inusitado, que brinca com o duplo sentido e, ao mesmo tempo, desperta a curiosidade de quem visita a cidade.

Continua depois da publicidade

A escolha do nome teve uma intenção clara: fazer marketing da própria cidade. Ao utilizar uma moeda chamada “Gostoso”, o turista automaticamente associa a experiência de consumo à identidade da cidade, gerando lembrança afetiva e espontânea divulgação do destino.

Isso faz com que a moeda cumpra duas funções essenciais: estimular a economia local e promover o município como uma marca turística forte e simpática.

Rapidamente, o projeto ganhou adesão de comerciantes e apoio da população, tornando-se uma forma criativa de manter os recursos dentro da cidade.

Continua depois da publicidade

A ideia é simples e eficaz: o visitante troca reais por “Gostosos” e utiliza a moeda em diversos estabelecimentos locais.

O dinheiro circula entre os próprios moradores, fortalecendo vínculos comunitários e ampliando oportunidades econômicas.

Equivalente ao real, o “Gostoso” movimenta o comércio local

Cada unidade da moeda “Gostoso” equivale a 1 real. Essa paridade direta facilita seu uso tanto por moradores quanto por turistas, eliminando confusões e tornando as transações simples e acessíveis.

Continua depois da publicidade

A moeda é distribuída em eventos, ações culturais e também pode ser adquirida em pontos específicos da cidade, como centros de informação turística ou instituições parceiras do projeto.

Os estabelecimentos que aceitam o “Gostoso” são diversos: pousadas, bares, restaurantes, lojas de artesanato, empresas de turismo, escolas de kitesurf e produtores rurais.

Essa ampla aceitação faz com que a moeda cumpra seu papel de forma abrangente, estimulando o consumo em diferentes setores e criando uma rede colaborativa de fortalecimento econômico.

Continua depois da publicidade

Além de beneficiar os comerciantes locais, o uso do “Gostoso” também proporciona aos visitantes uma experiência mais imersiva.

Utilizar a moeda regional em compras cotidianas cria um sentimento de integração com a cidade, transformando simples transações em atos de conexão com a cultura e o estilo de vida de São Miguel do Gostoso.

Cultura, inclusão social e pertencimento

Com o tempo, o “Gostoso” também passou a ser usado em ações sociais, culturais e educativas. Projetos com jovens, oficinas comunitárias e eventos populares começaram a adotar a moeda como forma de premiação simbólica ou incentivo à participação.

Continua depois da publicidade

Isso ampliou o alcance do projeto, tornando-o também uma ferramenta de inclusão e valorização social.

A moeda se tornou símbolo de pertencimento. Muitos comerciantes exibem orgulhosamente o selo “Aqui aceita Gostoso”, enquanto moradores valorizam a iniciativa por enxergarem nela uma forma de apoiar seus vizinhos e amigos empreendedores.

A estética divertida da moeda  com cores vivas e referências à cultura local,  também contribui para esse sentimento de identidade coletiva.

Continua depois da publicidade

Turistas que conhecem o projeto costumam se engajar com entusiasmo. Muitos relatam que trocar reais por “Gostosos” é uma das experiências mais marcantes da visita, justamente por ser algo único, afetivo e divertido. Esse envolvimento reforça o marketing espontâneo da cidade e amplia o alcance da iniciativa.

Desafios de continuidade e possibilidades de inovação

Apesar do sucesso e da receptividade, o “Gostoso” ainda enfrenta desafios para manter sua circulação regular e expandir sua aceitação.

A principal dificuldade está na necessidade de atualização constante da proposta, como digitalização da moeda, criação de novos pontos de troca e aumento da visibilidade entre os visitantes.

Continua depois da publicidade

A possibilidade de transformar o “Gostoso” em uma moeda digital,  por meio de aplicativos ou cartões recarregáveis, vem sendo discutida como um passo necessário para ampliar sua eficácia e modernizar o projeto.

Além disso, ações educativas e campanhas publicitárias também são vistas como fundamentais para manter o engajamento da comunidade.

Mesmo com esses desafios, a moeda “Gostoso” segue como uma das iniciativas mais criativas do turismo brasileiro. Criada em 2013 com um nome pensado estrategicamente para valorizar a cidade, ela mostra que inovação social não precisa ser complexa para ser eficaz.

Continua depois da publicidade

Basta ser enraizada no território, ter o apoio da comunidade e, como no caso de São Miguel do Gostoso, carregar um nome que ninguém esquece.

Continua depois da publicidade

Continua depois da publicidade

Conteúdos Recomendados