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O café do jacu virou uma iguaria | Reprodução/YouTube
O café mais caro do Brasil chama atenção não apenas pelo preço, mas também pela curiosa forma como é produzido: ele passa pelo sistema digestivo de uma ave chamada jacu.
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Conhecido como café do jacu, esse produto raro e requintado tem origem nas montanhas do Espírito Santo e se tornou um símbolo de luxo no mercado nacional e internacional.
O processo natural, aliado ao sabor diferenciado e à produção limitada, faz desse café uma das bebidas mais exclusivas do País.
A história do café do jacu é um exemplo fascinante de como a natureza pode transformar algo inusitado em um produto de alto valor.
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O sucesso dessa bebida não vem apenas da curiosidade em torno de sua origem, mas principalmente do resultado final na xícara: um café suave, aromático e com notas únicas que encantam apreciadores e especialistas.
O jacu é uma ave nativa da Mata Atlântica que se alimenta de grãos maduros de café. Ao digerir a polpa e eliminar os grãos intactos, ela realiza uma seleção natural que contribui para o sabor especial do café.
Os produtores, ao perceberem esse fenômeno, passaram a coletar os grãos nos terreiros e transformá-los em um produto de altíssimo valor. Esse processo, totalmente natural, não causa nenhum dano à ave e aproveita o equilíbrio do ecossistema local.
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A digestão do jacu retira parte dos ácidos do grão, resultando em uma bebida de baixa acidez e sabor adocicado, que encanta paladares exigentes ao redor do mundo.
O café do jacu é cultivado principalmente em fazendas ecológicas da região de Domingos Martins e de outras áreas montanhosas do Espírito Santo.
Nesses locais, o cultivo segue padrões sustentáveis e sem o uso de agrotóxicos, respeitando o ambiente natural e a fauna local.
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A presença do jacu é vista como um símbolo de equilíbrio ambiental, já que sua atividade faz parte de um ciclo que une preservação e produção agrícola.
O aproveitamento dos grãos descartados pelas aves é feito com extremo cuidado e higiene, garantindo qualidade e autenticidade ao produto final.
Especialistas em café destacam que o café do jacu possui notas sensoriais únicas, difíceis de serem encontradas em outros tipos.
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Seu sabor é descrito como suave, com toques de chocolate e frutas secas, além de uma doçura natural que dispensa adoçantes.
Por ter um perfil aromático distinto, essa variedade já foi premiada em concursos e é frequentemente comparada ao kopi luwak, o famoso café indonésio produzido de forma semelhante.
A diferença é que o produto brasileiro se destaca por sua produção 100% ética e sustentável.
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O preço elevado do café do jacu reflete a raridade de sua coleta. Como depende do comportamento das aves, a produção é limitada e exige trabalho manual intenso para reunir os grãos.
Em 2025, o quilo do café pode chegar a custar R$ 1.600, tornando-o um verdadeiro item de luxo.
Além do fator econômico, o café conquistou um público fiel entre amantes da bebida e turistas curiosos que visitam as fazendas capixabas.
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A exclusividade, somada à experiência sensorial e à história inusitada, faz com que cada xícara tenha um valor que vai muito além do preço.
Mais do que um produto exótico, o café do jacu representa o potencial da agricultura brasileira em unir tradição e inovação.
Ele mostra que o manejo consciente da natureza pode resultar em produtos de alta qualidade e reconhecimento global.
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Com o aumento da demanda por cafés especiais, o Brasil se consolida como produtor de bebidas únicas, capazes de surpreender até os paladares mais exigentes.
O café do jacu, nascido de uma curiosa interação entre ave e planta, é hoje um verdadeiro orgulho nacional.
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