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Segundo médicos especialistas do mundo todo apontam que se limpar usando papel higiênico não é uma boa solução. | Freepik
Na maior parte do mundo, a rotina é quase automática: sai-se do vaso sanitário, puxam-se algumas folhas de papel higiênico e pronto.
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O gesto é tão comum que pouca gente para pensar se ele é realmente a melhor forma de higiene – para o corpo e para o planeta.
Quando o assunto é papel higiênico, porém, a conta não fecha tão fácil. Por trás de cada rolo há árvores derrubadas, muita água consumida na produção e o uso de químicos para deixar o papel branquinho.
E, do ponto de vista da saúde, médicos têm feito cada vez mais alerta sobre os riscos desse hábito tão enraizado.
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À primeira vista, o papel higiênico pode até parecer prático e suficiente. Mas, segundo especialistas, ele está longe de ser a solução ideal para a limpeza íntima.
Um dos problemas é que o papel não remove totalmente os resíduos, especialmente quando usado sozinho, sem qualquer auxílio de água. Mesmo quando a pele parece limpa, podem ficar partículas “imperceptíveis” a olho nu, o que abre espaço para irritações e infecções.
Outro ponto é o atrito constante. A região íntima tem pele mais sensível, e o ato de esfregar papel várias vezes ao dia pode causar microferidas, vermelhidão e desconforto. Em pessoas que já têm hemorroidas, fissuras anais ou outras lesões, o uso frequente de papel pode piorar o quadro e prolongar a dor.
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Por isso, em consultas de rotina, muitos médicos já sugerem reduzir ao máximo o papel higiênico ou usá-lo apenas como complemento, e não como protagonista da higiene.
Além da saúde, há a dimensão ambiental, que costuma passar despercebida. Para manter o consumo mundial de papel higiênico, milhões de árvores são cortadas todos os anos.
A fabricação do produto também exige uma grande quantidade de água – justamente em um momento em que a escassez hídrica é uma preocupação global.
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A etapa de branqueamento do papel costuma envolver substâncias químicas que, se não forem tratadas corretamente, podem contaminar rios e solos. Ou seja, aquele rolo no banheiro é parte de uma cadeia que pesa no meio ambiente do começo ao fim.
Com a soma dos impactos no corpo e na natureza, surge a pergunta inevitável: existe uma forma mais eficiente e menos agressiva de se limpar após usar o banheiro?
Enquanto o papel higiênico domina a rotina de muitos países, outras culturas apostam na água há muito tempo. No Japão, por exemplo, é comum encontrar vasos sanitários com bidê embutido tanto em casas quanto em banheiros públicos.
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Esses vasos tecnológicos contam com jatos de água direcionados com precisão para as áreas íntimas. A pessoa pode ajustar a pressão e, em muitos modelos, até a temperatura da água. Depois da lavagem, alguns aparelhos oferecem ainda a função de secagem com ar quente.
Do ponto de vista da higiene, a água faz uma limpeza mais completa e delicada, sem a necessidade de esfregar a pele. Para quem tem hemorroidas, fissuras ou alergias, o alívio costuma ser imediato: a limpeza é mais suave, e a região sofre menos agressões ao longo do dia.
Quando o vaso com bidê embutido substitui o uso exclusivo de papel, não é só o corpo que agradece. A redução no consumo de papel higiênico também significa menos árvores derrubadas, menos água usada na fabricação e menos resíduos enviados para o lixo.
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É verdade que, no Brasil, esse tipo de vaso ainda é considerado um investimento alto e não está presente na maioria das casas. Mas isso não significa que seja impossível adotar práticas parecidas.
Para quem não pode trocar todo o vaso sanitário, há caminhos intermediários. Um deles é a ducha higiênica, facilmente instalada ao lado do vaso comum. Ela funciona como uma pequena mangueira com controle de fluxo, permitindo lavar a região íntima diretamente com água.
Outra opção são os dispositivos portáteis de higienização, que cabem em bolsas ou mochilas. Eles são úteis para quem passa o dia fora de casa ou viaja com frequência e quer manter o hábito de se limpar com água, mesmo usando banheiros públicos ou de terceiros.
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Nesses casos, o papel higiênico pode continuar presente, mas com um papel bem menor (sem trocadilho): servir apenas para secar delicadamente a pele após a lavagem. Com isso, o atrito diminui, o risco de irritações cai e o consumo de papel também.
Trocar o papel pela água, totalmente ou em parte, exige alguma adaptação – e, muitas vezes, vencer a ideia de que “sempre foi assim”. Mas a mudança tem potencial para impactar a saúde íntima, o conforto no dia a dia e ainda reduzir a pegada ambiental de um gesto tão corriqueiro.
Entre seguir no automático e repensar o que fazemos há anos, médicos e especialistas têm apontado na mesma direção: a água é uma aliada mais eficiente, mais gentil com o corpo e muito mais amiga do meio ambiente do que o velho rolo de papel higiênico.
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