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Um documentário, produzido pela Disney no ano de 1958, chamado de White Wilderness (Inferno Branco), causou polêmica após investigações | Divulgação
Uma das principais marcas do mundo, a Disney já se envolveu em algumas polêmicas em sua história. Um documentário, produzido no ano de 1958, chamado de White Wilderness (Inferno Branco), e que foi premiado no Oscar do ano seguinte, gerou uma grande controvérsia.
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A obra consistia em dezenas de lêmingues (também chamado de rato-do-campo) que saltavam de um penhasco em direção ao mar, tirando supostamente a própria vida.
No entanto, uma investigação feita em 1983 e divulgada pelo jornal El País revelava que a cena era uma fraude e que não passava de uma montagem: não foi suicídio em massa, os animais foram lançados deliberadamente ao mar.
De acordo com o jornal, a pesquisa, liderada por um produtor da Canadian Broadcasting Corporation, Brian Vallee, concluiu que era impossível os roedores terem caído ao mar por duas razões.
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A primeira é de que a cena foi filmada no rio Bow, no Canadá, uma área que não é o habitat natural dos lêmingues, ou seja, a hipótese principal, segundo a investigação, é de que os produtores do documentário capturaram os animais e os levaram até lá.
A segunda aponta uma pesquisa que revela que as filmagens foram conseguidas com a ajuda de uma plataforma giratória, com o objetivo de simular a queda dos lêmingues do penhasco.
"Não houve suicídio em massa: eles foram encurralados e jogados deliberadamente na água", disse o responsável pela investigação.
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O El País conta que começaram a surgir mitos sobre estes animais muito antes do documentário realizado pela Disney. Algumas tribos das regiões árticas acreditavam que os lêmingues viviam para além das estrelas e que só de vez em quando vinham até à Terra.
Já no livro The Children’s Encyclopedia – A Enciclopédia Infantil -, de Arthur Mee, publicada em 1908, o autor refere que os animais roedores provocavam febre tifoide e causavam a destruição no mar.
Os lêmingues são pequenos roedores originários da Escandinávia e da Rússia e se alimentam à base de musgo e plantas. Quando a alimentação existe em grande quantidade, as fêmeas procriam várias vezes por ano, o que faz com que a população se torne demasiado numerosa para a dimensão do seu habitat natural.
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Nesses casos, dá-se uma migração em massa em busca de comida e muitos dos roedores chegam até a morrer. Mas não se suicidam.
A depender do cenário e dos recursos, a reprodução pode sair do controle, chegando a multiplicar por 10 os indivíduos de uma população, com a meta de ter o máximo de crias em um mínimo de tempo. Pela necessidade de comer, os lêmingues se movem em massa, atrás de alimento.
Além disso, todos os tipos de predadores, como raposas e corujas, fazem um banquete com a chegada deles. Assim, a população de lêmingues logo volta a se nivelar: nascem e morrem muitos.
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