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O reator ideal precisa produzir pelo menos 100 quilowatts de energia | Imagem gerada por IA
EUA, China e Rússia planejam construir um reator nuclear na Lua. A ideia costuma retornar à mesa das grandes potências. Em maio de 2025, o administrador interino da Nasa, Sean Duffy, emitiu um alerta para que os EUA acelerem os esforços para colocar um reator nuclear na superfície da Lua.
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Aparentemente, a proposta é o passo inicial para construir uma base tripulada no satélite natural. Um dia lunar equivale a quatro semanas na Terra, duas de sol contínuo e duas de escuridão total, por isso a necessidade do reator — a energia solar é desafiadora.
"A energia nuclear não é apenas desejável, é inevitável", disse Sean Duffy ao The New York Times.
A Nasa financiou diversos estudos sobre reatores nucleares lunares. Somente em 2022, foram três contratos de US$ 5 milhões para empresas que apresentassem uma proposta razoável. Todavia, os projetos calcularam reatores menores com capacidade de apenas 40 quilowatts.
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Mesmo assim, o governo norte-americano não deixou clara a função do reator nuclear. O que se especula é a geração de energia para uma base tripulante no satélite natural. Visto que, durante grande parte do dia lunar, algumas regiões ficam em completa escuridão.
O tempo que o satélite leva para uma volta completa em si e ao redor da Terra é de 29,5 dias terrestres. Isso significa que um mesmo ponto fica iluminado pelo Sol por 14 dias ininterruptos e depois sofre com 14 dias de escuridão.
Ter um reator nuclear ajudaria a resolver esse problema. Dr. Sungwoo Lim, professor sênior de aplicações espaciais, exploração e instrumentação na Universidade de Surrey, completa:
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"Construir até mesmo um habitat lunar modesto para acomodar uma pequena tripulação exigiria geração de energia em escala de megawatts. Painéis solares e baterias sozinhos não conseguem atender a essas demandas de forma confiável", disse ao jornal The Guardian.
Do outro lado do globo, em maio de 2025, China e Rússia anunciaram que pretendem construir um reator nuclear na superfície lunar até 2035. O que preocupa a nação norte-americana. Caso um dos dois países consiga o feito primeiro, pode declarar uma zona de exclusão.
Essa manobra está prevista nos "Acordos de Artemis": sete nações estabeleceram princípios sobre como os países devem cooperar na superfície da Lua. No caso de uma construção ou ativo, uma zona segura — e privada — pode ser criada.
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"Para algumas pessoas, isso equivale a: 'nós possuímos este pedaço da Lua, vamos operar aqui e você não pode entrar'", explica Sean Duffy.
Outro ponto fundamental é como levar uma equipe para a Lua. A sonda Artemis 3 da NASA pretende enviar seres humanos à Lua em 2027, mas enfrentou diversos contratempos e incertezas em relação ao financiamento.
**Texto com informações do jornal The Guardian.
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