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Descubra o que é Drex e se ele vai substituir a moeda brasileira, o Real | Marcelo Casal Jr./Agência Brasil
O Banco Central do Brasil está implementando uma novidade que promete revolucionar suas operações financeiras: o Drex, a versão digital do Real. Esta moeda digital oficial oferece segurança e eficiência para transações complexas, indo além dos pagamentos diários.
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Diferente das criptomoedas voláteis, o Drex é garantido pelo governo, assegurando estabilidade e previsibilidade. Ele não substituirá o dinheiro físico, mas sim complementará, oferecendo mais uma alternativa para o seu dia a dia financeiro com tecnologia de ponta.
O projeto já está em fase de testes piloto e a expectativa é que os serviços do Drex cheguem às carteiras digitais em poucos anos. Prepare-se, portanto, para uma nova era de transações seguras, automatizadas e com custos reduzidos.
O Drex é a moeda digital de banco central (CBDC) do Brasil, emitida e garantida pelo Banco Central. Pense nele como o Real que você já conhece, mas em formato 100% digital e projetado para interagir com o ambiente de ativos digitais.
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Ao contrário de criptomoedas como o Bitcoin, que "podem variar drasticamente de uma hora para outra", o Drex possui um valor "muito mais estável". Sua estabilidade é uma das principais vantagens para o usuário. Ele é "igualzinho a moeda física".
É importante ressaltar que o Drex não é um criptoativo nem uma stablecoin privada. "É o Real do dia a dia dentro dessa nova tecnologia de blockchain", conforme explica Fábio Araújo, coordenador da iniciativa.
Muitas pessoas se perguntam qual a diferença entre o Drex e o Pix, já que ambos são digitais. A distinção é clara: "Toda vez que você for fazer um pagamento simples você vai usar o pix", como pagar a conta da padaria.
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Já o Drex é feito para "condicionar operações", garantindo que seu dinheiro só saia da conta ao receber um produto ou serviço. O Pix foi criado para democratizar pagamentos, tornando-os mais acessíveis.
O Real digital, por outro lado, "facilita o acesso a serviços financeiros". Assim, para o cotidiano, o Pix segue sendo a ferramenta ideal. O Drex vem para transações mais complexas e seguras, com múltiplas condicionantes essenciais.
Um dos grandes diferenciais do Drex é a possibilidade de usar contratos inteligentes, ou smart contracts. Imagine a compra de um carro usado: você quer pagar só ao ter o documento, e o vendedor só quer transferir ao receber o dinheiro.
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Com o Drex, essa operação é programada para acontecer "simultaneamente". "Se alguma coisa der errado em alguma ponta do negócio ele não acontece nem o proprietário faz a transferência do veículo e nem o comprador faz a transferência do dinheiro ninguém Perde nada isso é massa né".
Esses contratos permitem "programar transações para que elas ocorram de forma automática". Isso traz "mais segurança" e democratiza o acesso a serviços financeiros que hoje são "muito difíceis e bem caros" para a população brasileira.
A plataforma do Drex utiliza a tecnologia de registro distribuído (DLT), semelhante à blockchain, que "deixa o sistema bastante seguro". Essa rede descentralizada garante a verificação simultânea das informações.
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Uma preocupação comum é sobre o controle do Estado. O Banco Central assegura que as transações no Drex seguirão os mesmos padrões de sigilo bancário e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) já existentes no sistema financeiro tradicional.
"O Banco Central não quer saber da vida das pessoas", afirma Fábio Araújo. "A gente só precisa das informações agregadas" para a gestão da economia, não para rastrear detalhes individuais. Isso, naturalmente, garante a privacidade do usuário.
O Drex não é apenas uma moeda digital; é uma "plataforma para a gente construir novos serviços financeiros". Ele permitirá o desenvolvimento de modelos de negócios inovadores, facilitando o acesso a investimentos, empréstimos e seguros mais acessíveis.
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Graças à sua tecnologia, produtos como investimentos, que hoje exigem valores mínimos altos, poderão ser "fragmentados" e acessíveis em pequenas quantias, como R$10 ou R$5. Isso, consequentemente, promove a inclusão financeira no país.
Apesar de não haver uma data específica para o lançamento, o Drex está em fase de testes rigorosos, com participação de 16 instituições financeiras. A expectativa é que o público comece a testar a plataforma no final de 2024.
O nome "Drex" une a letra "d" de digital, "r" de Real, "e" de eletrônico e "x" de conexão, refletindo modernidade e agilidade.
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Não, o Drex será mais uma alternativa para suas transações financeiras. O dinheiro físico e o Pix continuarão disponíveis e são ideais para pagamentos simples do dia a dia, como pagar uma conta na padaria.
A principal diferença é que o Drex é garantido pelo Banco Central do Brasil, o que assegura sua estabilidade e previsibilidade de valor, semelhante ao Real físico. Criptomoedas, por outro lado, não possuem essa garantia governamental e podem ter seu valor drasticamente alterado em curtos períodos.
Não, as transações no Drex seguirão o mesmo padrão de sigilo bancário e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) já em vigor. O Banco Central não tem como objetivo saber da vida das pessoas, apenas coletar informações agregadas para a gestão da economia. A Constituição veda confiscos de poupança, por exemplo, e essas previsões legais serão mantidas.
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Para ter acesso ao Drex, você precisará de um intermediário financeiro autorizado, como seu banco ou outra instituição de pagamentos. Essa instituição fará a transferência do seu dinheiro para sua carteira digital do Drex, permitindo as transações.
Os contratos inteligentes (smart contracts) são programas que permitem automatizar transações. Eles garantem que seu dinheiro só saia da conta quando você receber um produto ou serviço, e vice-versa, tudo de forma simultânea e segura. Isso reduz riscos de calote e os custos de intermediação.
Ainda não há uma data específica para o lançamento oficial do Drex. O projeto está em fase de testes piloto em ambiente restrito com instituições financeiras. O Banco Central espera que testes com a população possam começar no final de 2024, após a plataforma atingir o grau de maturidade adequado.
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O Drex estará associado a serviços financeiros, que naturalmente terão custos de operacionalização. Contudo, a tecnologia de contratos inteligentes permite a automação e redução da necessidade de intermediários, o que deve tornar esses serviços significativamente mais baratos do que os disponíveis atualmente.
Sim, a tecnologia digital do Drex torna bem mais complicado esconder transações ilícitas, como a lavagem de dinheiro. Se houver uma ordem judicial e o dinheiro ainda estiver em formato digital, as transações poderão ser rastreadas e revertidas.
Não, um Drex vale um Real. O Drex é a própria moeda nacional, apenas em formato digital. Assim como o dinheiro em sua conta bancária vale o mesmo que a cédula em sua carteira, o Drex manterá a paridade com o Real.
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