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Você acha que essa tempestade em Júpiter pode afetar a Terra? | Foto: Youtube/Reprodução
Se você acha que um furacão categoria 5 é assustador, espere até conhecer o campeão dos pesos-pesados do nosso Sistema Solar. Em Júpiter, orbita uma tempestade tão colossal que poderia engolir nosso planeta inteiro com folga.
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Não por um dia ou uma semana, mas por séculos. Esta é a história da Grande Mancha Vermelha, o olho carmesim de um gigante gasoso que intriga cientistas desde que apontamos os primeiros telescópios para o céu.
Mas afinal, o que é a gigantesca tempestade em Júpiter que dura séculos e qual seu tamanho comparado à Terra? Prepare-se para uma viagem ao coração de um caos magnífico.
Vista de longe, parece uma mancha oval e avermelhada na atmosfera vibrante de Júpiter. De perto, é um dos fenômenos mais violentos e duradouros que já observamos.
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A Grande Mancha Vermelha não é uma tempestade comum; é um anticlone, um sistema de altíssima pressão que gira no sentido anti-horário no hemisfério sul de Júpiter. Pense nela como um redemoinho atmosférico, mas em uma escala que desafia nossa imaginação.
Embora observada continuamente há quase 200 anos, e possivelmente há mais de 350, a mancha está mudando.
Ela está encolhendo. No século 19, astrônomos estimaram que seu tamanho era grande o suficiente para abrigar três planetas Terra lado a lado. Hoje, ela ainda é imensa, mas "apenas" uma Terra e meia caberia dentro dela.
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Na Terra, os furacões perdem sua força quando encontram terra firme. O atrito com a superfície sólida drena sua energia, fazendo com que se dissipem em poucos dias ou semanas.
Júpiter, no entanto, não oferece esse "freio". Sendo um gigante gasoso, ele não possui uma superfície sólida para interromper a fúria da tempestade. A Grande Mancha Vermelha simplesmente flutua sobre um oceano interminável de gases.
Mas o que a alimenta? Acredita-se que a energia venha de múltiplas fontes, criando a receita perfeita para uma tempestade quase eterna.
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Estudar a Grande Mancha Vermelha é muito mais do que apenas satisfazer nossa curiosidade sobre um ponto colorido em um planeta distante.
Ela funciona como um laboratório natural incomparável, permitindo que os cientistas observem a dinâmica dos fluidos e a meteorologia em condições extremas que não podem ser replicadas na Terra.
Missões espaciais como a sonda Juno da NASA têm sido fundamentais. Seus instrumentos conseguiram "olhar" para dentro da tempestade, revelando que suas raízes se estendem muito mais fundo na atmosfera do que se imaginava, chegando a mais de 300 quilômetros de profundidade. Isso é 50 vezes mais profundo que o oceano mais profundo da Terra.
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A Grande Mancha Vermelha é um lembrete humilde da escala e da força do universo. Enquanto observamos essa tempestade que já existia muito antes de nós e que, apesar de estar encolhendo, provavelmente continuará por muito tempo, somos confrontados com a vastidão do cosmos e os incontáveis mistérios que ele ainda guarda.
Cada nova imagem, cada dado enviado por sondas distantes, não apenas responde a perguntas antigas, mas nos inspira a fazer novas. O que mais está escondido sob as nuvens turbulentas de Júpiter, esperando para ser descoberto?
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