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Algumas marcas brasileiras de televisores e aparelhos de som entraram para a história das famílias | Imagem gerada por IA
Reunir a família na sala para assistir novela era alto muito tradicional entre os brasileiros, podendo ser feito na TV Telefunken. Ouvir músicas na vitrola Gradiente também era um passatempo muito corriqueiro.
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Algumas marcas brasileiras de televisores e aparelhos de som entraram para a história das famílias, estando envolvidas em atividades de rotina. No entanto, com o passar dos anos, muitas destas marcas simplesmente desapareceram das prateleiras.
Abaixo, conheça algumas das marcas que marcaram época, mas sumiram do mercado.
Antes da chegada das gigantes asiáticas e americanas que hoje dominam o mercado, o Brasil possuía suas próprias "rainhas do lar" no segmento de imagem e som.
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Essas empresas não apenas montavam, mas muitas vezes desenvolviam e adaptavam tecnologias para o mercado brasileiro, criando uma identidade única e conquistando a confiança dos consumidores. Algumas dessas potências da eletrônica nacional incluíam:
Considerada uma das mais emblemáticas, a Gradiente era sinônimo de sistemas de som sofisticados, reconhecida por seus famosos toca-discos e caixas acústicas que faziam a alegria dos fãs. Posteriormente, a marca também teve sucesso no mercado de televisores.
Esta marca se destacou por sua política de preços agressivos e por popularizar o acesso a diversos eletrônicos. A CCE marcou presença com televisores, aparelhos de som "3 em 1" e foi responsável por tornar os primeiros videocassetes acessíveis para muitas famílias.
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Originalmente alemã, a Telefunken teve uma produção e identidade fortemente brasileiras. Era vista como um sonho de consumo, especialmente por seus televisores coloridos que trouxeram uma nova dimensão de entretenimento para os lares.
Outra marca de renome internacional com uma fase de produção nacional bem-sucedida. Seus rádios, vitrolas e televisores eram descritos como robustos e elegantes, sendo uma presença constante nas casas brasileiras.
Uma verdadeira pioneira, a Semp foi responsável por montar o primeiro rádio no Brasil. Construiu uma sólida reputação com televisores e outros eletrônicos antes de firmar parcerias internacionais, como a Semp Toshiba. Chegou a ser a patrocinadora máster do São Paulo FC de 2012 a 2014.
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O desaparecimento dessas e de outras antigas marcas brasileiras de TV e som não aconteceu de uma só vez, mas sim de forma gradual, conforme o avanço do tempo e da tecnologia, aumentando a concorrência.
A abertura do mercado nos anos 1990 contribuiu para a redução das barreiras alfandegárias, facilitando a entrada em massa de concorrentes internacionais, que trouxeram tecnologias inovadoras, designs modernos e, frequentemente, preços muito competitivos.
Uma marca japonesa poderosa no mercado de sons, inclusive, voltou ao mercado, para a alegria dos fãs.
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Além disso, a rápida transição tecnológica, como a mudança do VHS para o DVD e das TVs de tubo para telas planas (LCD, Plasma, LED), exigiu investimentos maciços em pesquisa, desenvolvimento e modernização das fábricas.
Com o rápido avanço, nem todas as empresas nacionais possuíam o fôlego financeiro necessário para acompanhar esta velocidade de avanço tão alta.
Algumas empresas passaram então a enfrentar problemas internos de administração, endividamento excessivo ou dificuldades em se adaptar rapidamente às novas dinâmicas de um mercado globalizado e mais exigente.
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Assim, as marcas estrangeiras, com produção em larga escala e cadeias de suprimentos otimizadas globalmente, conseguiam oferecer produtos a custos menores, o que pressionava as margens de lucro das fabricantes locais.
O consumidor também se tornou mais crítico, prezando cada vez mais por uma qualidade, design e funcionalidade mais recente, com as marcas internacionais saindo na frente neste quesito.
Algumas delas até tentam retorno, ou retornaram de fato ao mercado, mas com um cenário já totalmente diferente.
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Apesar de muitas dessas marcas não estarem mais estampadas nos produtos das lojas, seu impacto segue existindo. Estas empresas foram fundamentais para estabelecer uma base industrial tecnológica no Brasil.
Assim, contribuíram para a formação de engenheiros, técnicos e mão de obra especializada, além de estimular uma cadeia de fornecedores locais.
Além disso, a memória afetiva também segue intacta, com as marcas estando profundamente ligadas a momentos importantes e à cultura de diferentes épocas no Brasil.
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Mesmo hoje em dia, muitos brasileiros ainda associam uma música a um aparelho de som específico da juventude ou se lembram da primeira TV colorida da família, podendo estas serem das marcas brasileiras.
Por fim, o Brasil sabe que pode fazer produtos de boa qualidade, já tendo experiência no meio e sabendo das dificuldades enfrentadas pelo mercado, assim, possui uma acessibilidade maior caso decidam investir em alguma marca novamente, sem ter que começar realmente do zero e sem contar com a total desconfiança do público.
Muitos brasileiros até hoje procuram por aparelhos destas marcas citadas, buscando relembrar dos tempos antigos e demonstrando confiança na produção nacional.
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Embora possam ter sumido das prateleiras, elas permanecem vivas na memória daqueles que acompanharam suas "trilhas sonoras" e imagens que coloriram lares por todo o País.
Mesmo que com um destaque bem inferior ao da concorrência internacional, é possível dizer que o Brasil deixou uma herança relevante neste meio.
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