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Ao contrário da jabuticaba tradicional, de casca roxa, a jabuticaba-branca tem a polpa e a casca em um tom de amarelo-esverdeado | Reprodução/YouTube Horto Meireles
O Brasil é destaque com uma variedade rica de especiarias, comidas e frutas. Algumas se destacam por serem comuns de se encontrar quase que a cada esquina, como a banana. Outras, porém, são muito raras de se achar, como é o caso da jabuticaba-branca (Myrciaria aureana), também chamada de ibatinga, que significa "fruta branca" no tupi guarani.
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Ela nasce em uma pequena árvore, que alcança cerca de cinco metros de altura, geralmente localizada no coração da Mata Atlântica, especialmente em trechos da Serra da Mantiqueira presentes no estado do Rio de Janeiro.
Esta fruta é considerada a mais rara do Brasil, sendo também uma das mais raras do mundo. Abaixo, conheça mais sobre a fruta.
Ao contrário da jabuticaba tradicional, de casca roxa e gosto característico, a jabuticaba-branca tem a polpa e a casca em um tom de amarelo-esverdeado, mesmo quando já está madura.
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A fruta é rica em vitaminas B e C, ferro, fósforo e cálcio e sua polpa é descrita como aquosa e doce, possuindo uma acidez leve.
Ela pode ser consumida in natura (como é colhida) ou processada para a produção de geleias, vinhos, doces e sorvetes.
Além disso, ela é considerada um remédio excelente em muitas comunidades tradicionais, que a classificam como um bom remédio caseiro para tratar a asma e outros problemas respiratórios.
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A jabuticaba-branca é classificada, atualmente, como espécie rara e ameaçada de extinção, exclusiva de ambientes preservados.
Uma série de documentos históricos, junto de registros botânicos, aponta para uma escassez escancarada dos exemplares de jabuticaba-branca. Na virada para os anos 2000, alguns pesquisadores identificaram a ocorrência de apenas seis árvores silvestres conhecidas da fruta no Brasil.
E o destaque ficou para o território paulista: três delas estão em Guararema, na Região Metropolitana de São Paulo. Outras duas estão no Rio de Janeiro (uma em Paraty e outra em Conceição de Macabu) e uma outra está em Carmo de Minas, no interior de Minas.
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Após a identificação do baixo número de exemplares, os esforços de resgate e multiplicação ganharam força, com um grupo encabeçado pelo fotógrafo Silvestre Silva e o psicanalista Flávio Carvalho Ferraz chegando a cultivar cerca de 180 mudas na cidade de Cambuí, no interior de Minas Gerais, para distribuir a planta a botânicos, fazendeiros e colecionadores e não a deixar desaparecer.
O cultivo deste tipo de jabuticaba é complexo, pois sua manutenção depende de um manejo delicado, com reprodução cuidadosa. Além disso, as plantações desta fruta não existem fora de áreas sob proteção ambiental, visto a necessidade de uma busca complexa para encontrar a espécie em risco de extinção.
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