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Gatos também sentem amor? Ciência explica como eles criam vínculo com humanos

Pesquisas mostram que o hormônio da confiança aumenta quando humanos interagem com felinos

Raphael Miras

20/09/2025 às 10:00

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Cada gato é único. Enquanto alguns são naturalmente mais sociáveis, outros preferem observar à distância.

Cada gato é único. Enquanto alguns são naturalmente mais sociáveis, outros preferem observar à distância. | Reprodução IA

Conhecidos pela sua independência e pelo temperamento reservado, os gatos mostram que podem ser muito mais próximos dos humanos do que você imagina.

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Segundo pesquisas detalhadas que a Gazeta te mostrará a seguir, foi comprovado que, assim como os cães, os felinos também ativam a produção de ocitocina durante interações com seus tutores.

A ocitocina é mais conhecido como um “hormônio do amor”, é ele que controla todos os nossos sentimentos e prazeres que temos.

O papel da ocitocina

Conforme a neurocientista Laura Elin Pigott, professora da London South Bank University, a ocitocina é responsável por regular vínculos sociais, confiança e até reduzir o estresse. 

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O hormônio, associado ao cuidado entre mães e filhos, também aparece quando humanos acariciam seus gatos.

Estudos realizados no Japão em 2021 mostraram que poucos minutos de carinho, com voz suave e toques delicados, já foram suficientes para elevar os níveis da substância na saliva dos participantes. 

Outro trabalho, de 2002, indicou que a presença do hormônio também ajuda a diminuir o cortisol, ligado ao estresse, além de baixar a pressão arterial e reduzir a dor.

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Mais recentemente, cientistas observaram que quando os próprios gatos iniciam o contato – como sentar no colo ou se encostar no dono – os níveis de ocitocina sobem em ambos. 

Já interações forçadas, como abraços insistentes, podem gerar efeito contrário, reduzindo o hormônio e aumentando a ansiedade do animal.

Como os gatos demonstram carinho

Os sinais de afeto felino são discretos e, muitas vezes, passam despercebidos. Entre os gestos mais comuns estão:

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  • Piscar lento: conhecido como “sorriso felino”, demonstra confiança.
  • Ronronar: além de acalmar o gato, pode reduzir a frequência cardíaca e a pressão arterial dos humanos.
  • Rabo erguido: sinal de receptividade e aproximação.
  • Batida de cabeça ou esfregar o rosto: forma de reconhecimento e vínculo.
  • Enrolar a cauda na perna do tutor: gesto comparado a um “abraço felino”.

Alguns gatos ainda demonstram confiança ao rolar de barriga para cima ou ao lamber a pele e o cabelo dos donos, comportamento que remete à higiene compartilhada entre animais próximos.

Diferenças em relação aos cães

As comparações ajudam a entender por que os gatos parecem mais reservados. Em um experimento de 2016, após dez minutos de brincadeira, cães tiveram aumento médio de 57% nos níveis de ocitocina, contra 12% em gatos.

Isso se explica pela evolução: enquanto os cães descendem de animais de matilha, os gatos têm origem em caçadores solitários, que não dependiam de laços sociais para sobreviver.

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Por isso, a confiança dos felinos costuma ser conquistada de forma gradual e depende do respeito ao espaço individual.

Dicas práticas para fortalecer o vínculo

Algumas atitudes simples podem aproximar os gatos de seus donos:

  • Deixe o gato iniciar o contato: interações espontâneas tendem a ser mais positivas.
  • Prefira áreas seguras para carinho: entre as orelhas ou sob o queixo são regiões mais bem aceitas.
  • Invista em brincadeiras: duas sessões diárias de cerca de dez minutos com brinquedos de caça ou varinhas ajudam a estreitar laços.
  • Use petiscos com moderação: funcionam como estímulo, mas em excesso podem prejudicar a saúde.
  • Mantenha a rotina: horários regulares de alimentação e espaços seguros transmitem previsibilidade.
  • Ofereça esconderijos: caixas, tocas e prateleiras elevadas reduzem o estresse e aumentam a confiança.

Respeito às diferenças individuais

Cada gato é único. Enquanto alguns são naturalmente mais sociáveis, outros preferem observar à distância. Entender suas preferências – como um local favorito da casa, um brinquedo específico ou um tipo de carinho – é fundamental para fortalecer a relação.

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No fim, a ciência mostra que o vínculo entre humanos e gatos existe, mas precisa ser construído com paciência, respeito e atenção aos sinais que os felinos dão no dia a dia.

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