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20 milhões de toneladas de sargaço foram estimadas através de imagens de satélite | Reprodução YouTube | New Nature
Uma faixa marrom extensa chamou a atenção de cientistas e moradores do Litoral. O Grande Cinturão de Sargaço do Atlântico (GASB) é formado por seres vivos e, em 2025, atingiu 8.850 quilômetros de extensão.
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O fenômeno pode ser visível até no espaço; está presente desde a costa da África Ocidental até o Golfo do México. Algumas praias do Caribe tiveram que fechar suas escolas por conta da liberação de sulfeto de hidrogênio liberado por esses seres.
O sargaço, gênero de algas flutuantes — conhecido cientificamente como Sargassum —, oferece abrigo e alimento para algumas espécies marinhas. Mas, quando se multiplicam de forma descontrolada, bloqueiam a luz solar e sufocam a vida subaquática.
Além disso, quando chegam às praias, liberam mau cheiro e gases tóxicos. O ser vivo começa a apodrecer e emite o sulfeto de hidrogênio — gás com cheiro de ovo podre. Isso afastou turistas em praias de Yucatán, México.
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Quando se decompõem, as algas atraem insetos que podem causar irritação na pele. A alta exposição ao sulfeto de hidrogênio também afeta o sistema neurológico, digestivo e respiratório.
Remover as algas da praia é um processo caro e demorado. Em 2019, a limpeza de todo o sargaço das orlas mexicanas foi estimada em US$ 2,7 milhões. A Marinha foi convocada para ajudar.
A causa exata ainda não é um consenso. Para Mengqiu Wang, integrante da equipe que descobriu a proliferação de algas no Atlântico em 2018, uma série de fatores contribuem para o aumento de sargaço nas orlas.
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Dentre eles, correntes marítimas e padrões de vento anormais por conta das mudanças climáticas e a destruição da floresta Amazônica. Conforme grandes áreas são desmatadas, terras agrícolas altamente fertilizadas surgem.
O fertilizante acaba no rio Amazonas e depois no Atlântico, o que causa um aumento de nitrogênio no oceano — e maior proliferação de sargaço.
As algas afetam a saúde pública e os ecossistemas. O cinturão ameaça o turismo, uma das principais fontes de renda de regiões costeiras como o Caribe. Os picos ficam maiores a cada ano.
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**Texto com informações do g1
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