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Entenda o motivo da Groelândia estar se movendo | Freepik
Lentamente mas com absoluta certeza a Groenlândia está se movendo. Novas análises científicas revelam que a maior ilha do mundo desliza para noroeste a uma taxa precisa de 2,3 centímetros por ano. Enquanto alguns trechos se expandem outros estão afundando ou encolhendo.
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O fenômeno combina efeitos das placas tectônicas do derretimento acelerado da camada de gelo e até consequências remanescentes da última era glacial tudo ao mesmo tempo. A mudança tem impacto direto em sistemas de navegação e mapas atualizados, uma vez que o território que parecia estático na verdade se altera de forma contínua.
O nível do mar já atinge pontos inesperados devido ao aquecimento global e ao derretimento do gelo no Ártico e em outras regiões do planeta, e isso intensifica a necessidade de atualizar mapas e projeções climáticas. Esse movimento milimétrico surpreende pesquisadores e desafia previsões anteriores.
A Groenlândia sempre foi vista como um bloco estático de gelo e rocha mas as medições modernas mostram o contrário. A partir de 20 anos de dados de estações GNSS e satélites pesquisadores identificaram que o território se desloca horizontalmente mais do que qualquer outra grande região do Hemisfério Norte. Esse movimento é suave mas constante.
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As análises revelam ainda que a forma da ilha está mudando conforme o gelo derrete. À medida que grandes massas desaparecem áreas costeiras se elevam enquanto outras afundam de forma quase imperceptível. O padrão é tão complexo que exige modelos inéditos para interpretar sua evolução e ajudar a prever impactos futuros.
Especialistas alertam para mudanças climáticas globais que incluem o derretimento acelerado das geleiras e elevação do nível do mar em diversas partes do mundo. Essas alterações influenciam diretamente a estabilidade dos polos e a dinâmica de grandes massas de gelo como a da Groenlândia.
Para os cientistas esses dados não são apenas curiosos. Eles são essenciais para atualizar mapas corrigir sistemas de navegação e projetar obras de infraestrutura em uma região que literalmente muda de posição ano após ano. Cada nova medição melhora a precisão de estudos geográficos e climáticos.
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A movimentação atual da ilha é diretamente influenciada por uma história que começou milhares de anos atrás. Durante a última era glacial gelo com até 3 quilômetros de espessura empurrou a crosta terrestre deformando o solo e deslocando rocha líquida no manto. Esse processo ainda não terminou mesmo com o clima atual.
Com o derretimento da antiga Calota Laurentide o Canadá e parte dos EUA continuam se elevando enquanto a Groenlândia sofre um efeito inverso. O resultado é um reequilíbrio lento que leva milênios para se completar. A ilha literalmente respira após a perda daquele peso monumental. O novo estudo confirma que esses efeitos pré-históricos têm impacto muito maior do que se imaginava.
O derretimento acelerado da camada de gelo groenlandesa é hoje uma das principais forças que remodelam o Ártico. Só a elevação do nível do mar causada pela ilha já chega a 4,5 metros desde o fim da era glacial contribuindo para mudanças profundas na geografia local. À medida que o gelo se perde o solo reage sobe desce estica e se contrai.
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Cada nova estação de GPS instalada mostra microvariações que acumuladas alteram as projeções científicas e ajudam a prever impactos futuros. Esse conhecimento é crucial para comunidades locais e para estudos climáticos globais. Para especialistas entender esses movimentos ajuda a prever como regiões próximas ao Círculo Polar responderão ao aquecimento global nas próximas décadas.
O fato incontornável é que a Groenlândia está longe de ser imóvel. Ela está viva mudando e em movimento constante e seus efeitos reverberam em sistemas naturais e em projeções humanas ao redor do planeta.
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