Homem decide deixar anaconda engolir seu corpo ao vivo na TV

O apresentador e conservacionista Paul Rosolie aceitou participar de um programa especial da Discovery Channel em que tentaria ser engolido vivo por uma anaconda verde, usando um traje especialmente desenvolvido para protegê-lo.

No entanto, o clímax prometido não se concretizou: Rosolie não chegou a ser engolido, apenas teve seu corpo parcialmente envolvido pela cobra, e o evento foi interrompido por razões de segurança. 

Cuidados importantes

A ideia do especial era chocante: explorar os limites humanos numa situação extrema e ao mesmo tempo chamar atenção para a conservação da floresta amazônica. 

Rosolie afirmava para a Discovery que “o que melhor para sacudir as pessoas do que colocar a própria vida em risco com a maior cobra do planeta?” 

O traje, segundo os produtores, era feito de fibra de carbono, malha metálica, armadura, sistema de oxigênio telado e outros dispositivos de segurança, uma verdadeira armadura contra anaconda. 

Ainda assim, quando o programa foi ao ar, no dia 7 de dezembro de 2014, o desfecho foi um banho de água fria para os espectadores. A maioria da exibição focou na busca pela cobra e nos preparativos e não no momento de engolimento prometido. 

 O momento esperado

Quando Rosolie foi envolvido pela anaconda, ele acabou “pedindo para sair” ao sentir que seu braço estava sob pressão extrema dentro do traje. 

Conforme relatou a Discovery, “a força dela estava totalmente sobre meu braço exposto. Comecei a sentir o sangue sair da minha mão, e o osso flexionar. Quando achei que ia quebrar, tive que desistir”. 

A repercussão foi imediata. Muitos internautas reclamaram de propaganda enganosa e zombaram do apresentador.

Ética e ambientalismo

Organizações de defesa animal também criticaram o especial, acusando-o de transformar a natureza em espetáculo e de explorar a serpente por entretenimento. 

Mais do que entretenimento, o episódio levanta questões sobre ética, conservação, manipulação midiática e o limite entre chamar atenção e enganar o público.

Rosolie defendeu a intenção, visibilidade para a Amazônia, mas o formato mal passou de um espetáculo inflamado por expectativas não cumpridas.