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Descubra como um soldado húngaro só voltou para casa após 53 anos, após um detalhe inesperado revelar sua identidade | Reprodução/Youtube
Imagine viver mais de meio século em um hospital psiquiátrico sem que ninguém saiba quem você é. Essa foi a realidade de András Toma, soldado húngaro desaparecido durante a Segunda Guerra Mundial.
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Internado e esquecido, András só foi reconhecido décadas depois, quando um visitante inesperado entendeu algo que todos ignoravam.
Isolado, sem documentos e sem falar a língua local, ele passou 53 anos vivendo entre paredes que pareciam não ter saída. A história só viria à tona no ano 2000.
András Toma tinha 19 anos quando foi capturado por tropas soviéticas na Polônia. Como tantos outros soldados do Eixo, foi levado para um campo de prisioneiros na Rússia.
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A guerra terminou oficialmente em 1945, mas para ele, nada havia acabado. O que deveria ser o retorno para casa se transformou em um desaparecimento que ninguém conseguia explicar.
Na época, familiares e governo húngaro buscavam respostas, mas András simplesmente desapareceu do radar.
Pouco depois, ele adoeceu e foi transferido para um hospital militar. Dois anos depois, acabou em um hospital psiquiátrico em Kotelnich, na Rússia.
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Sem documentos e sem falar russo, não conseguia se comunicar. Os funcionários não tentaram compreender sua situação e logo passaram a considerá-lo excêntrico.
Assim, o soldado foi esquecido, declarado morto em 1954, enquanto continuava vivo, isolado e incompreendido.
Dentro do sanatório, András mantinha-se quieto. Seu dialeto húngaro era interpretado como inventado. Cada dia reforçava sua solidão.
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Ele já havia aceitado que passaria a vida inteira ali, sem nunca voltar para casa. A guerra, que havia terminado décadas antes, continuava silenciosa entre aquelas paredes.
Em 2000, um visitante mudou tudo. O linguista eslovaco Karol Moravčík percebeu que András falava húngaro. Finalmente, alguém compreendia suas palavras.
Exames de DNA confirmaram sua identidade, e seus irmãos puderam trazê-lo de volta para Nyiregyhaza, na Hungria. Após 53 anos, o soldado reencontrava a família e a vida que lhe fora negada.
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Recebido como herói, András foi condecorado com medalhas e salários retroativos pelo tempo que esteve ausente. Passou os últimos anos com sua irmã, em paz e segurança, contrastando com décadas de isolamento e incompreensão.
Sua história tornou-se símbolo de resistência e prova de que, mesmo esquecidos, alguns heróis ainda podem ter justiça.
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